O encerramento da programação será marcado pela apresentação de uma fanfarra, reafirmando o caráter cívico da data e o orgulho do povo juazeirense por sua história e ancestralidade. “Este evento é mais que uma celebração. É um ato de resistência e afirmação de que os povos indígenas e de matriz africana têm voz, cultura, fé e merecem respeito. Também é um resgate da identidade baiana, marcado pela força dos caboclos, de Maria Quitéria e dos nossos ancestrais. Juazeiro celebra essa história com amor, dignidade e oportunidade”, destaca Ermerson Oliveira, o Pai Bimbo, coordenador de Igualdade Racial da Sedes.
O diretor de turismo da Seculte, Jomar Benvindo, reitera a importância do ato. “Esse é um movimento popular para o reconhecimento de nossa história, cultura e identidade, ao passo em que também pensamos os movimentos para o futuro da cidade”, diz.
A escolha do Largo Dois de Julho para sediar a programação reforça o valor simbólico do espaço, que no passado foi um importante centro comercial e ponto de encontro de mulheres que vendem beiju, milho, marisco e comidas tradicionais. Hoje, esse mesmo espaço se transforma em palco de memória, resistência e afirmação identitária.
A celebração do 2 de Julho em Juazeiro é também um apelo por políticas públicas para os povos de terreiro, pela legalização de casas de culto, pelo reconhecimento das práticas ligadas à ancestralidade indígena e africana, como o toré e os tucha, e pelo respeito à diversidade religiosa”, além de ser um movimento de valorização da cultura e do turismo regional.
O evento marca um momento histórico de valorização da identidade cultural do município e do compromisso da gestão pública com o olhar atendido para os povos tradicionais