A guerra entre Israel e Hamas, na região da Palestina, já causou a morte de pessoas de ambos os lados. Rapidamente, percebe-se que cada um defende seu ponto de vista e, como dizia minha avó, “casa onde falta pão, todo mundo chora e todo mundo tem razão”.
Com o arrastar da guerra, a capacidade bélica infinitamente superior de Israel tem provocado um verdadeiro massacre do povo palestino, gerando desgastes para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu externamente e internamente. Esses desgastes não se limitam ao cenário externo, mas também se refletem internamente. Chega, inclusive, a prejudicar a imagem do presidente Trump, dada a histórica ligação entre Israel e os EUA.
Com a popularidade em baixa, políticos entram em pânico. O que fazer? Há muito se sabe que o Irã financia grupos “terroristas” na região do Oriente Médio e é um inimigo declarado de Israel e dos Estados Unidos. O Irã tem investido há anos na purificação de urânio que, segundo o país, se destina a fins pacíficos; contudo, o mundo acredita que a finalidade é construir uma arma nuclear de alto potencial destrutivo. Essa “novela” se arrasta por muitos anos.
No entanto, a popularidade em baixa exige medidas de impacto. Assim, Israel decide atacar o Irã, alegando que uma arma nuclear estaria prestes a ser produzida. Tal ataque resultou em centenas de mortes de iranianos, e o Irã reagiu com mísseis que, mesmo com o Domo de Ferro (sistema de defesa israelense), causaram dezenas de mortes em território israelense. Do outro lado do mundo, Trump ordenou um ataque às usinas subterrâneas de urânio do Irã, utilizando bombas que prometiam eliminar a capacidade nuclear iraniana. O Irã, por sua vez, reagiu lançando mísseis em direção a uma base americana no Catar.
Com um governo teocrático e impopular, o Irã precisava reagir ao que chamam de “Satanás”. Contudo, antes, avisaram ao Catar sobre o ataque: “Olha, Catar, avisa aos americanos que vamos atacar, e os mísseis certamente encontrarão bases vazias.” Após esses episódios, Trump anunciou uma trégua na guerra entre Israel e Irã.
No entanto, Trump estava preocupado com sua popularidade, pois havia prometido em sua campanha acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia em apenas uma semana, e já se passaram muitas semanas de sua posse sem o fim do conflito. Trump precisava urgentemente de uma guerra para, então, anunciar seu fim.
Pela popularidade dos governos, milhares sacrificaram suas vidas. No fim, tudo permanece como estava, e o Irã continuará sendo uma ameaça nuclear. O que restou foram mães, esposas e filhos chorosos pela perda dos entes queridos, sacrificados em nome da popularidade dos “senhores da guerra”, os “senhores da morte”.
Ex-prefeito de Petrolina