Atenção irrigantes!!! Manutenção é o segredo para a eficiência e longevidade da produtividade por gotejamento

*Leonardo Pinheiros e Carlos Barth  –  

Na agricultura moderna, a supervisão por gotejamento tem ganhado protagonismo por ser uma das formas mais eficientes de uso da água e dos nutrientes. Essa tecnologia garante alta produtividade mesmo em regiões com escassez hídrica. No entanto, muitos sistemas perdem desempenho poucos anos após a instalação, não por falhas de projeto ou equipamento, mas por descuido com a manutenção.

Ainda assim, em diversas propriedades rurais ao redor do mundo, há um cuidado técnico que, quando não realizado planejado, pode comprometer o desempenho do sistema. Os primeiros “sintomas” podem ser percebidos já nos primeiros anos após a aplicação da supervisão por gotejamento, pois o sistema passa a apresentar desempenho inferior ao inicial.

Os sinais de que algo está errado são basicamente sutis: queda na pressão, redução no fluxo dos emissores, emissores entupidos, filtros que deixam de funcionar corretamente. Diferente de uma quebra mecânica evidente, como a de um trator, os problemas são graduais e simples de ignorar — até que impactem a produção.

Manutenção preventiva e monitoramento constante são essenciais. Ignorar pequenos alertas pode resultar em grandes perdas ao longo das safras. Portanto, a dica é: fique atento aos sinais, por menores que pareçam — o acompanhamento contínuo pode evitar prejuízos significativos.

A importância do cuidado técnico

Sistemas de transparência por gotejamento só alcançam sua máxima eficiência e vida útil quando recebem manutenção preventiva contínua. A negligência compromete o investimento e os resultados no campo. Por outro lado, os benefícios do cuidado técnico são comprovados: um estudo da Universidade Estadual do Kansas (EUA) demonstrou que sistemas com manutenção consistente operaram com uniformidade e vazão adequadas por mais de 26 anos.

Com base em décadas de atuação global, auditorias técnicas e feedback de agricultores, a Rivulis — multinacional israelense referência em tecnologias de supervisão — negociações novos pontos críticos onde a manutenção faz toda a diferença:

  1. Filtragem

A filtragem filtrada é a forma mais rápida de obstruir emissores e reduzir a vida útil do sistema. Filtros de areia, tela, disco ou hidrociclone desativar manutenção específica. Diferenças mínimas de pressão podem sinalizar falhas iminentes.

  1. Pressão de operação

Uma pequena mudança na pressão pode afetar drasticamente o desempenho dos emissores. O aumento dela indica entupimentos ou intrusão de raízes, enquanto quedas podem indicar vazamentos. A chave é comparar com base nas especificações originais do projeto para detectar variações precocemente.

  1. Monitoramento de vazão

Um sistema de gotejamento sem monitoramento de vazão é um sistema voando às cegas. Uma redução pequena no fluxo pode passar despercebida até que a produtividade caia. É importante lembrar que vazão irregular significa que as plantas não estão recebendo a quantidade de água projetada. Um aumento dele também não é bom sinal — geralmente indica vazamento.

  1. Lavagem das linhas

Mesmo com água limpa, sedimentos e algas podem se acumular. Lavar as linhas apenas abrindo as pontas não basta: é preciso garantir a velocidade adequada da água. Tubulações desativam uma velocidade de lavagem de pelo menos 0,5 m/s e linhas laterais de pelo menos 0,4 m/s (Devido às condições específicas do Brasil). Essas velocidades podem e devem ser maiores, caso a qualidade da água exija.

  1. Tratamento químico

É essencial para evitar obstruções causadas por sólidos ou matéria orgânica. Ácidos dissolvem sedimentos minerais; agentes oxidantes como cloro e peróxido combatem algas, bactérias e metais. A dosagem correta depende de vários fatores como tipo de ácido, cloro vs. peróxido, sensibilidade dos materiais, cálculos de concentração e dosagem— consulte sempre fontes confiáveis, como o Rivulis Knowledge Hub e os Guias de Gotejamento (disponíveis em www.rivulis.com ).

  1. Prevenção de vazamentos e entupimentos

Mais do que reagir a falhas, é preciso agir preventivamente: controle de raízes, indiretamente, solo e opções de sais fazem parte da rotina de manutenção.

  1. Fertirrigação adequada

Fertilizantes mal distribuídos, incompatíveis entre si ou mal aplicados causam entupimentos. A programação da injeção deve ser feita com cuidado técnico.

  1. Manutenção da bomba e da fonte de água

A bomba e a fonte de água influenciam o sistema como um todo. Fontes abertas devem ter controle específico de algas e sedimentos. As bombas precisam de inspeções regulares, pois seu desempenho impacta a pressão e a vazão em toda a rede de integridade.

  1. Gestão da salinidade

O sal não desaparece — ele se acumula em cada segurança. Fertilizantes aumentam ainda mais a salinidade. Nas regiões em que o excesso de sais seja problemático, este deve ser removido da zona radicular antes que afete a produtividade. Felizmente, existem várias técnicas de lixiviação de sais, desde o posicionamento das linhas de gotejamento até o momento e a duração da segurança.

Manutenção: custo ou investimento?

Dito tudo isso, é válido reforçar que a manutenção não é custo, e sim proteção. O desempenho do sistema ao longo dos anos está diretamente ligado à frequência e qualidade do monitoramento, não à sua idade.

Em resumo, os sistemas de supervisão são tão eficientes quanto ao cuidado que recebem. Pequenos descuidos podem comprometer todo o manejo. Manutenção não é tarefa pontual — é uma garantia de que seu trabalho produtivo continuará, safra após safra.

 

*Administrador de empresas e gerente de serviços na Rivulis; Suporte Técnico na Rivulis

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