A MÁFIA DO AÇÚCAR NO BANCO DOS RÉUS

                                         “CHEGOU A HORA DE CONTAR TODA VERDADE”
blogqspjuripet Foto Farnésio Silva

Com direito a faixas estendidas nas grades frontais do fórum de Petrolina, teve inicio na manhã desta terça-feira, o julgamento dos acusados de mandaram assassinar o auditor Fiscal da Bahia, José Raimundo Aras, os empresários Francisco de Assis Lima e Carlos Alberto da Silva. O terceiro acusado, Alcides Alves de Souza teve seu julgamento transferido a pedido do advogado.

Durante todo manhã a juíza interrogou Francisco de Assis, que durante todo seu depoimento negou envolvimento no complô para assinar o auditor, acusando Carlos Alberto da Silva de envolve-lo na trama criminosa. Segundo ele, em nenhum momento ele foi a favor de fazer qualquer coisa com o procurador.

Disse Francisco, que nesses últimos 16 anos, tem sido acusado de um crime que não cometeu  ” e que chegou a hora de contar a verdade”.  Segundo declarou a juíza Francisco de Assis,  toda trama foi urdida por Carlos Alberto da Silva e Alcídes, que chegaram a embebedar Robério, já sentenciado a 18 anos  por ter sido autor dos disparos que mataram o auditor, pra força-lo a cometer o crime, e que sua mulher por ter ouvido a conversa entre eles, de que haviam cometido o assassinato, também foi ameaçada por Carlos Alberto, “caso comentasse o que ouvira”.

O conselho da sentença é composto por seis homens e uma mulher. Eles serão os responsáveis por julgar os réus Francisco de Assis Lima e Carlos Alberto da Silva Campos.

No dia 29 de novembro do ano passado, um dos acusados do homicídio, Carlos Robério Vieira Pereira, foi condenado a 18 anos de prisão. José Raimundo Aras morreu em 1996, no quintal de sua casa, após ser alvejado por seis disparos a queima roupa. Ele investigava um esquema de sonegação de impostos entre a Bahia e Pernambuco, que ficou conhecido como a Máfia do Açúcar.

O crime teria sido encomendado por atacadistas do açúcar da região do sertão do São Francisco. O auditor também era sociólogo e pai do procurador da República Vladimir Aras, que acompanha o julgamento.

O julgamento de Alcides Alves de Souza, um dos acusados de assassinar o auditor fiscal da Fazenda da Bahia, José Raimundo Aras, foi adiado para o dia 24 de maio. seu julgamento estava previsto para a manhã desta terça-feira (7), na Comarca de Petrolina, em Pernambuco.

A defesa de Alcides pediu que o procedimento fosse adiado, pois o advogado principal do réu está doente.  A juíza deferiu o pedido do réu, mas manteve o julgamento de mais dois acusados de envolvimento no homicídio qualificado do auditor.

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