Aluno autista de 5 anos é recusado por Escola Adventista no interior de Pernambuco

Uma família pernambucana está vivenciando uma situação absurda, no Agreste pernambucano. Uma escola da rede privada, o Instituto Adventista de Sairé, está recusando a continuidade de um aluno autista, de apenas 5 anos, no contraturno da unidade. O pai da criança, o empresário Cirineu Ribeiro, contou que chegou a propor pagar o valor integral correspondente a todo o ano para garantir que o filho continuasse na escola no período integral, mas a direção recusou a proposta e manteve a criança matriculada somente em um turno.

Cirineu Ribeiro contou como a polêmica começou. “Meus dois filhos se mudaram com a mãe para Gravatá no início do ano. E eu continuei no Vale do São Francisco, cuidado dos negócios. No mês fevereiro, enfrentei uma questão burocrática com meu banco e cheguei a atrasar duas mensalidades. A escola entrou em contato e regularizei a situação. Mas fui informado de que meu filho havia tido a matrícula do contraturno cancelada. Questionei qual seria a razão e o diretor da escola disse que houve quebra de contrato por causa do atraso no pagamento. Daí propus quitar todas as mensalidades do ano. Mas a proposta não foi aceita”, detalhou o empresário, acrescentando que a escola recomendou que ele tomasse todas as medidas que achasse viável.

Para Ribeiro, a recusa do filho autista, grau 1, na escola tem relação direta com o comportamento da criança. “Ele está passando por um momento de transição, mudança de escola, de cidade, o pai morando em outro município. Tudo isso mexe com qualquer criança. Nós reconhecemos que lidar com uma criança autista requer mais cuidado ainda. Meu filho chegou a morder uma colega de sala. Mas nada que justifique a recusa da escola. Estamos com todos os pagamentos em dia e a única justificativa que vejo é realmente o preconceito por ele ser autista”, lamentou Ribeiro.

O empresário informou já acionou seu advogado para entrar com uma representação contra a Escola. “Estou fazendo essa denúncia para garantir que nenhuma outra criança passe pela situação que meu filho está passando”, concluiu o pai do menino.

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