Os mercados financeiros amanhecem com um mau humor de fazer inveja ao Garfield nesta segunda-feira. Os futuros das bolsas americanas recuam, assim como os principais índices europeus. O EWZ, que representa a bolsa brasileira em Nova York, também está no vermelho.
De volta aos negócios, investidores estão presos à guerra comercial de Donald Trump enquanto vislumbram não apenas o risco de alta da inflação, mas passam também a temer uma recessão. Pela primeira vez em dois anos, Wall Street está revisando para baixo as projeções para o S&P 500. Um exemplo do crescente pessimismo é a estimativa do Morgan Stanley, de que o principal índice de ações do mundo poderá cair mais 5%, em vez de subir os 13% que seriam necessários para chegar na expansão que havia sido projetada para 2025.
A segunda-feira começa com uma agenda fraca, o que ajuda a manter o pessimismo e as atenções voltadas à volatilidade de Trump. Depois de mais uma vez anunciar que imporia tarifas sobre México e Canadá, para então recuar, agora é o Canadá a dizer que manterá o aumento das taxas de importações, para que os EUA aprendam a respeitar o vizinho.
No cenário doméstico, as atenções estão todas em Brasília. Por lá, o presidente Lula oficializa a reforma ministerial articulada nas últimas semanas, isso enquanto tenta encontrar soluções para a inflação dos alimentos, que vem afetando sua popularidade. Bons negócios.