A pé e na fé: Fiés percorrem 8km para renovar desejos e agradecer ao Senhor do Bonfim

A data da Lavagem do Bonfim pode até variar, mas a fé de quem percorre os 8km de caminhada da Igreja da Conceição da Praia até a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, é certa. Afinal, como diz o dito popular, “Quem tem fé vai a pé”.

Dona Ivete Sampaio, de 73 anos, é uma das muitas, em meio a 1 milhão de pessoas (número estimado pelas autoridades em 2025), que religiosamente faz a caminhada em direção à Colina Sagrada, para agradecer pelo ano que se foi e renovar os votos para o ano que chega.

Foto: Dinaldo Silva/ Bahia Notícias

“Estou aqui movida a fé. Eu participei há alguns anos, por quatro anos consecutivos, e agora estou retornando, depois de um probleminha de saúde que eu tive. Vou até o final do percurso, quem tem fé vai a pé”, disse.

Ao Bahia Notícias, Dona Ivete contou que a relação dela com Senhor do Bonfim teve início ainda nova. “Há muitos anos que eu venho me apegando ao Senhor do Bonfim, na fé, na esperança que ele tome conta de todos nós baianos”.

O aposentado José Araújo Filho, de 70 anos, católico apostólico romano, participa da caminhada há 10 anos e desde então se veste como padre para simbolizar a “Corrida Sagrada”.

Foto: Bruno Concha/ SECOM

“Venho aqui emocionado, não por ser fotografado, mas porque a energia do lugar envolve a gente de tal maneira que nos misturamos com várias crenças. Aqui, tudo se mistura, com essa diversidade religiosa. Aqui não é só católico, evangélico ou umbandista, aqui são todos baianos. É, de fato, uma experiência única”, declarou à Prefeitura.

Neste ano, o cortejo até a Colina Sagrada tem como tema “Amado Jesus, Senhor do Bonfim, Nossa Esperança, há 280 anos entre nós”, uma alusão ao Jubileu da Esperança, que foi convocado pelo Papa Francisco, e a data histórica de abril de 1745, quando a imagem chegou à Bahia.

Foto: Dinaldo Silva/ Bahia Notícias

Para a festa de 2025, de acordo com a Empresa Salvador Turismo (Saltur), 79 entidades foram cadastradas do desfile. Entre elas, estão grupos culturais e blocos tradicionais, como Rixô Elétrico, Ska Reggae, Malê Debalê, Bloco da Saudade, Muzenza, Orixalá, Filhos de Gandhy e Amor e Paixão.

Bahia Notícias

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