ENTREVISTA DE WAGNER GANHA REPERCUSSÃO

A entrevista do governador Jaques Wagner, muito bem posicionada, por sinal, sobre o galopante enriquecimento do ministro Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, ganhou dimensões nacionais nas primeiras páginas da grande mídia brasileira. A entrevista, no bojo de diversos assuntos enfocados por Mário Kertész na sua Rádio Metrópole, nesta sexta-feira, ampliou-se não porque o governador estivesse a dizer algo de impacto, mas por dois motivos: 1-Wagner disse exatamente o que deveria, dentro da realidade do escândalo; 2- Além de ser do PT, ele tem grande dimensão no partido. É um dos principais quadros da legenda. O que fez Wagner além de dizer a verdade? Nada. Expôs a sua forma de pensar sobre a forma como Palocci deveria se comportar, oferecendo as informações que a opinião pública deseja saber, na medida em que, como disse “a menor distancia entre dois pontos é uma reta”. Assim posto, quanto mais o ministro bailar, tergiversar, ele se afunda e o governo Dilma paga o preço. Este escândalo pode não dar em nada, como normalmente ocorre nesses trópicos. Mas a credibilidade do ministro está profundamente abalada. Ele poderá continuar no cargo, mas, cambaleante, será mais um peso, uma espécie de zumbi no governo, aboletado no, talvez, principal ministério da República. A palavra de Palocci, a não ser que prove uma verdade improvável, não vale um tostão furado.
(Samuel Celestino

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *