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O pacote de ajuste fiscal anunciado pelo governo federal teve repercussão profundamente negativa entre agentes do mercado financeiro. Após o anúncio das medidas, na última semana, os índices de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no setor tiveram uma queda acentuada. Segundo pesquisa Genial Investimentos/Quaest publicada nesta quarta-feira, Lula acumula 90% de avaliação negativa entre investidores, disparando quase 30 pontos percentuais em relação a março deste ano. No mesmo período, a percepção do governo como “regular” despencou de 30% para 7%, e apenas 3% dos agentes do mercado consideram a gestão petista positiva. No caso de Haddad, o índice dos que consideram o seu trabalho negativo cresceu de 12% para 24%, enquanto o de avaliação positiva caiu de 50% para 41% na comparação com março. Já a avaliação “regular” oscilou de 38% para 35% no período. |
DESACELERAÇÃO ECONÔMICA |
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A editora Juliana Machado entrevistou Alvaro Bandeira, economista e coordenador da entidade reguladora Apimec, para o programa VEJA Mercado desta quarta-feira. O mercado acompanhou pela manhã a divulgação da produção industrial do Brasil em outubro, que apresentou queda de 0,2% na base mensal, um desempenho pior do que o esperado. Para Bandeira, o Produto Interno Bruto (PIB) mostrou ontem um desempenho positivo, mas a produção industrial hoje apontou para uma desaceleração da economia. Nenhum dos dados, porém, permite afirmar que a inflação ficará sob controle nos próximos meses. “Temos que olhar com olhos muito críticos para o que o governo fará de política econômica. Do contrário, o Banco Central terá que fazer ajustes mais fortes na taxa Selic”, afirmou. Para não perder nenhuma edição do programa, acesse a nova plataforma de streaming VEJA+. Acompanhe também pelo canal de VEJA no YouTube e no Spotify. |