Especificamente em casos de feminicídio, em 2023, 20 mulheres foram mortas, enquanto até outubro de 2024, as autoridades policiais haviam registrado 7 crimes, representando uma queda de 65% no número de assassinatos de mulheres por sua condição de gênero.
“Isso é muito significativo e mostra a efetividade de uma política pública no território. Quando cruzamos os dados das vítimas de feminicídio com os registros dos nossos Centros de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), percebemos que nenhuma dessas vítimas foi atendida por eles.
É importante destacar que realizamos mais de 13 mil atendimentos nesses centros, o que é um indicativo de que o trabalho realizado tem salvado vidas. Isso mostra a importância de a mulher denunciar, ser acompanhada e contar com o apoio das políticas públicas para sua proteção”, comenta Fernanda Lordêlo, secretária Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).
Os Centros de Referência estão localizados em três bairros diferentes da capital baiana e podem ser acessados por todas as mulheres residentes na cidade que se encontrem em situação de violência doméstica ou familiar. Nesses locais, as vítimas têm acesso a uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, assistentes sociais e advogados para atendimento e acolhimento.
Em 2022, foi instituído como Política Pública Municipal o programa “Alerta Salvador”, que dispõe de um conjunto de ações municipais integradas, dedicadas à erradicação da violência contra a mulher. Esse programa fez com que os Centros de Referência ampliassem seus atendimentos, passando a atuar também de forma itinerante, como no Carnaval e no Réveillon.