HU-Univasf implementa serviço de teleconsultas para agilizar atendimentos aos pacientes

Tecnologia está sendo aplicada às consultas de retorno, com foco em pacientes que já são acompanhados pelas equipes do hospital
Como forma de otimizar a assistência em saúde, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), filiado à Ebserh, implantou o serviço de teleconsulta, modalidade de atendimento realizado a distância com auxílio da tecnologia. O primeiro atendimento nesse formato aconteceu no início do mês, 4, na Policlínica do hospital-escola.
Os atendimentos estão sendo ofertados, inicialmente, nas especialidades de Hematologia e Saúde da Família e Comunidade. A previsão é que, ainda este ano, outras especialidades sejam inseridas nesta modalidade, garantindo a ampliação do serviço para um número maior de pacientes e possibilitando maior abrangência do cuidado a distância que, inclusive, é mais rápido e mais cômodo para os usuários que residem em localidades distantes.
De acordo com o chefe da Unidade de E-saúde, Helder Nunes Lopes, durante os últimos quatro meses, o HU-Univasf realizou pilotos de teleconsultas de Hematologia para ajustar o fluxo e a operação dos teleatendimentos. “No dia 4 de outubro, oficializamos a implementação do serviço no ambulatório da Policlínica com o atendimento inicial na especialidade Saúde de Família e Comunidade.
Este marco reforça nosso compromisso com a modernização dos cuidados em saúde, facilitando o acesso e ampliando nossa capacidade de atendimento”, disse.
A teleconsulta é uma modalidade regulamentada da Telemedicina que permite a realização de consultas médicas on-line, ou seja, sem que paciente e médico estejam em um mesmo ambiente.
O teleatendimento no Brasil é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Ministério da Saúde. “As resoluções do CFM estabelecem normas para a realização de teleconsultas, garantindo a segurança e a ética no atendimento remoto”, completa.
Acesso
Os teleatendimentos são voltados às consultas de retorno, focando em pacientes que já são acompanhados pelas equipes do hospital. O profissional realiza a triagem para avaliar a viabilidade do atendimento on-line, de acordo com as especificidades de cada paciente. Para participar de uma teleconsulta, o paciente precisa, no mínimo, de um celular com conexão à internet.
“No entanto, recomenda-se o uso de um computador com internet, equipado com câmera e fone de ouvido, para uma melhor qualidade de comunicação durante a consulta. Além disso, é importante que o paciente esteja em um ambiente tranquilo e com boa iluminação para garantir que a consulta seja realizada da melhor maneira possível”, explicou Helder Nunes.
Esta é a primeira vez que o Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco adota o sistema de teleatendimento. Segundo Helder, as teleconsultas são realizadas por meio do Sistema de Telessaúde e Telemedicina (STT), que é integrado ao Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHUX).
“Essa integração tecnológica garante a eficiência na organização dos atendimentos e na continuidade do cuidado, além de facilitar a troca de informações médicas de forma segura”, enfatizou o chefe da Unidade de E-saúde.
Durante a consulta, os profissionais fornecem informações sobre o tratamento e esclarecem dúvidas também dos familiares. Especialista em Saúde da Família e Comunidade, Marco Tulio Pereira comentou os benefícios do serviço.
“Muitos dos atendimentos médico e até multiprofissional podem ser realizados a distância e essas tecnologias ampliam o acesso dos usuários ao Hospital Universitário, facilitando a conexão com esses pacientes”, destacou.
Marco Tulio explicou que atua com a função de transição de cuidado, atendendo os pacientes que receberam alta, mas que ainda demandam acompanhamento. “Nosso hospital tem o perfil de traumato-ortopedia e os pacientes saem, muitas vezes, com sequelas ortopédicas ou neurológicas muito graves e, portanto, demandam cuidados assistenciais após a alta. Então, a telemedicina pode ajudar muito nesse processo de transição do cuidado”, frisou.
A terapeuta ocupacional Iara Góes, que também participou do primeiro teleatendimento, atende pacientes hospitalizados no HU desde 2015 e falou dessa nova experiência. “Participar desse momento foi algo totalmente novo para mim, mas que trouxe um enriquecimento grande por conseguir visualizar também o contexto familiar, com a participação dos familiares dos pacientes”, disse.

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