Governo Bolsonaro dificultou monitoramento de elos do Hamas no Brasil

Agência Brasileira de Inteligência (Abin), serviço secreto brasileiro, sofre de um “apagão” de informações sobre a situação de grupos como o Hamas e o Hezbollah no Brasil. A situação ocorre após o governo Jair Bolsonaro (PL) cortar o financiamento de informantes que monitoravam a atuação de grupos como esses em território nacional.

Segundo informações da coluna de Rodrigo Rangel para o Metrópoles, a decisão de cortar o pagamento de mais de 80 informantes de áreas como contra-espionagem e contraterrorismo foi da direção da Abin, na época coordenada pelo hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Entre as fontes que foram cortadas, estavam grupos com informações sobre estrangeiros no Brasil que tinham relações com organizações como o grupo libanês Hezbollah e o palestino Hamas, grupo em conflito com Israel.

Não foram todos que monitoram esses grupos que foram cortados, mas é relatado por Rangel que uma parcela das pessoas que foram retiradas tinham forte proximidades com essas associações. A coluna também aponta que uma das fontes, que não são reveladas por motivo de segurança, está movendo um processo contra a Abin.

O corte foi justificado por uma suposta alteração nas prioridades da Abin, que estava mais centrada em questões ligadas a facções brasileiras de tráfico de drogas. Rangel também indica que os 80 informantes retirados custavam cerca de R$ 2 milhões para agência secreta brasileira.

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