Governador da Bahia ganha 500 mil reais para tirar a barba

 

Em discurso já de barba feita, o governador Jaques Wagner fez questão de esclarecer que a ação nada tem a ver com o período carnavalesco. A imprensa tem questionado o chefe do Executivo pelo fato de a Gillette ter pagado R$ 2 milhões pela barba do vocalista da banda Chiclete com Banana no início do carnaval deste ano.
 
“Muita gente acha que foi por causa do carnaval, mas não foi isso. No início deste ano a Gillette participou do Aberto de Tênis em Costa do Sauípe e eu participei do evento. Eu brinquei com o presidente da Gillette: quer comprar minha barba? E ele disse que topava. Negociamos, ele ofereceu R$ 400 mil, eu pedi R$ 600 mil e acabou ficando por R$ 500 mil”, explicou Wagner.
 
Em tom descontraído, ele disse que ante de fechar o acordo com a empresa consultou a primeira-dama do Estado, Fátima Mendonça e garantiu que teve o aval da esposa. “Antes de me comprometer, eu entrei no quarto e perguntei a dona Fátima e ela concordou. Vamos ver quando eu chegar em casa daqui a pouco se ela vai tomar um susto”, brincou. “Estamos juntos desde 1990 e ela nunca me viu sem barba”, completou.
 
Wagner aproveitou o ensejo e contou como foram as únicas três vezes que tirou a barba por completo. “Desde os meus 18 anos crio barba. Exatamente aos 18, precisei tirá-la pela primeira vez por causa do governo da ditadura. Eu era estudante, militante e precisei fugir do Rio de Janeiro. Isso foi em 1973.
 
A segunda vez foi em 1976, quando eu já estava aqui na Bahia. Eu trabalhava numa empresa do Pólo Petroquímico (Camaçari) e sofri um acidente com ácido sulfúrico. Tive que fazer algumas cirurgias no rosto e fiquei sem barba. E a terceira vez é esta. Faço isso pelo bem, pela educação”, explanou o governador.
 
Romulo Faro

 

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