Bem Viver na TV: documentário denuncia os impactos das usinas eólicas em Pernambuco

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Programa traz produção “Vento Agreste” lançada neste mês, o cenário da merenda escolar no RJ e projeto sobre a Amazônia

Bem Viver traz o documentário “Vento Agreste”, que mostra denúncias de agricultores e agricultoras que sofrem com a instalação de usinas eólicas em Pernambuco. – Divulgação Documentário “Vento Agreste”

Nesta edição o Bem Viver na TV, programa do Brasil de Fato, traz no Mosaico Cultural o documentário “Vento Agreste”, que denuncia impactos dos parques eólicos em Pernambuco.

O registro é uma produção da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em parceria com o Instituto Mãe Terra, com a equipe de residência em saúde coletiva e agroecologia da Universidade Federal de Pernambuco e com o Fundo Casa Socioambiental para apoiar a luta pela reparação dos direitos violados dos agricultores, entre elas Roselma de Melo.

“A gente só tem duas opções, que é: ou a gente sai do lugar da gente ou as eólicas saem. E a gente sabe que as eólicas não vão sair. Então, infelizmente, vamos ter que sair do local que escolhemos pra viver. A gente aqui que mora praticamente embaixo delas, é problema de saúde, ansiedade aumentou, perda de sono para dormir. O barulho é frequente, é todos os dias o barulho”, denuncia a agricultura.

As gravações de “Vento Agreste” foram realizadas entre os meses de julho e outubro de 2022, a partir da atuação das organizações envolvidas em atividades de escuta, registro, formação e acompanhamento dos casos de violações de direitos causados pelas usinas eólicas.

Uma das principais criticas é o modelo que tem sido utilizado para a instalação, onde os moradores acabam aceitando sem saber qual o impacto na prática como destaca João Paulo do Vale, que é agente da CPT e foi diretor e roteirista do documentário.

“A questão não é energia eólica, a questão é o modelo no Brasil, porque ela vai seguir os mesmos padrões do latifúndio tradicional. Na Europa, existe outra regulamentação, quando a energia chega no Brasil ela imita a lógica do latifúndio, da violência, da acumulação então a gente achou que o mais interessante, o estratégico era dar visibilidade ao que realmente acontece mostrar que essa energia não é suficiente nem pra natureza porque a natureza sofre bastante com esse modelo que é instalado no Brasil, muito menos para os camponeses, pros povos da natureza”, pontua Vale.

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