Eleições 2022: Apoio de Bolsonaro vira ‘encosto’, dizem pesquisas

A mais recente pesquisa Datafolha sobre as eleições deste ano no estado de São Paulo indica que Jair Bolsonaro é o padrinho político que mais atrai rejeição entre os paulistas. Segundo o instituto, 64% dos eleitores não votariam em nenhum candidato, independentemente do cargo em disputa, se for apoiado pelo atual presidente da República.

Em contrapartida, 17% afirmam que votarão de acordo com a indicação de Bolsonaro, enquanto que outros 17% alegam talvez o fazer e 2% não souberam responder. O dado foi determinante para a desistência de José Luiz Datena para disputar ao Senado, além de críticas de bolsonaristas. O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas nem vai tão mal assim nas pesquisas, com 12%, mas pode ser puxado pra baixo diante do crescimento de Fernando Haddad (28%) e com Márcio França (16%) em segundo.

Em Pernambuco, segundo o instituto Paraná Pesquisas, Jair Bolsonaro (PL) tem rejeição de 62,6% contra  34% que aprovam. Incrivelmente ganha de Paulo Câmara,  desaprovado por 67,3%, enquanto a aprovação é de 27,7%. Daí a estratégia de Danilo Cabral de colar em Lula, desvinculando da imagem do governador.  E Anderson Ferreira tem no bolsonarismo os votos que podem levá-lo ao segundo turno,  mas tem que buscar estadualizar o debate no segundo.

No Rio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD), são os dois padrinhos políticos que mais atrapalham os seus respectivos candidatos na disputa pelo Palácio Guanabara.

De acordo com o levantamento, 58% dos ouvidos disseram que “não votariam de jeito nenhum” no candidato apoiado por Bolsonaro, enquanto 55% deram a mesma resposta sobre um nome apadrinhado por Paes. Bolsonaro apoia a candidatura de Cláudio Castro (PL), enquanto Paes endossa o nome de Felipe Santa Cruz (PSD).

Em Minas, 55% dos entrevistados não votariam de forma alguma em um nome apoiado pelo presidente.

De acordo com a pesquisa, 22% talvez apoiariam um candidato apoiado pelo presidente. Outros 15% com certeza seguiriam a indicação.  Já 43% responderam que não votariam em um indicado de Lula (PT), e 27% indicaram que iriam atender ao ex-presidente. 24% disseram “talvez”.

Resumindo,  pelo que dizem as pesquisas, Bolsonaro não é bom apoio para nenhum dos seus candidatos país afora. Daí o contragolpe com pacote de bondades como o Auxílio Brasil de R$ 600,o auxílio caminhoneiro e taxista. Tem pouco tempo para sair dessa condição. Por isso, seu apoio, gostem dele ou não, no momento virou encosto. Não levanta ninguém.

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