Levi Vasconcelos/A TARDE –
Uma delas é o cenário configurado da disputa em 2018, tendo como astros principais ACM Neto (UB) e Jerônimo (PT), e como estrelas secundárias, mas também na proa do barco, com Otto Alencar (PSD) e João Leão (PP) no Senado.
Pergunta a João Leão: você imaginaria estar agora numa disputa com Otto?
— Nem imaginei e nem gostaria. Infelizmente a vida nos empurrou para isso.
Pesquisas — Na primeira pesquisa da disputa pelo Senado, em meados de março, com o racha de Leão com o PT ainda engatinhando, o Genial/Quaest deu Otto 21%, Zé Ronaldo 13%, Leão 12%, Márcio Marinho 7%, Raíssa Soares 6%, Marcelo Nilo 4% e Tamara Azevedo (a candidata do PSOL) com 3%.
Na semana passada, Paraná divulgou a primeira em que o cenário de nomes listados se aproxima mais da lista que irá oficialmente para as urnas com Otto 32,7%, Leão 15,4% Raíssa 7% e Tâmara 5,6%.
Lógica tripla — Curioso é que as pesquisas, e a do Paraná também, exibe uma situação que vitamina os discursos dos dois lados.
Se na banda governamental ACM Neto ostenta 55,6% contra 16,1% de Jerônimo e 10,1 de João Roma, explica bem o discurso petista, de que as campanhas federal e estadual estão naturalmente imbricadas.
A mesma lógica do PT, a de que Lula com 51,3% na Bahia contra 25,8% de Bolsonaro, a ideia do de cima puxar o de baixo vale para os três.
Jerônimo espera por Lula, Leão por ACM Neto e João Roma por Bolsonaro. Claro que todos os três casos têm lógica, a questão é saber até onde vai a puxada de cada um.
Na rabeira — Também tem o fato de que Roma nasceu de uma costela de ACM Neto da mesma forma que Leão de uma do PT.
Em 2010, quando Geddel rompeu com o PT, Jaques Wagner buscou a compensação com Otto Alencar, então conselheiro do TCM. Agora que Leão rompeu, Wagner correu justamente para Geddel, que aparece com estampa de Geraldo Júnior. Coisas da vida.