Impasse na doação de área para campus da Univasf/Salgueiro gera protestos na cidade

 

Iniciar um processo de plebiscito para a escolha do local onde o Campus da Univasf deve ser construído em Salgueiro está fora de cogitação para o presidente da Câmara de Vereadores, professor Agaeudes Sampaio.

Na sexta-feira, 1, em entrevistas às rádios Vida FM e Executiva FM, ele descartou a possibilidade de decretar um plebiscito sobre o assunto, como quer o prefeito.

Para Agaeudes, a discussão a respeito do local para as futuras instalações da Univasf em Salgueiro já ocorreu em 2017, quando o Conuni da universidade aprovou a instalação de um campus em Salgueiro. “Não existe a possibilidade desse plebiscito e eu vou dizer porquê.

Como vou fazer um plebiscito se só existe um local para a construção? Foi perguntado lá [na audiência pública] várias vezes se já existe outro local e não tem”, disse em entrevista à Executiva FM.

O presidente da casa legislativa afirmou que o plebiscito só teria sentido se o prefeito fornecesse uma opção concreta de outro terreno para a Univasf, já que o localizado nas proximidades do IF não pertence ao governo municipal. Agaeudes mantém o entendimento de que a solução menos burocrática seria a renovação do terreno que já foi doado à Univasf, na antiga estação ferroviária.

Entenda a celeuma

A Univasf chegou em Salgueiro em 2017, por articulação do ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM), a pedido de Dr. Chico Sampaio, também filiado ao DEM, que era vice-prefeito na época. O gestor na ocasião, Clebel Cordeiro, ofereceu à Univasf diversos terrenos para a construção das instalações físicas e a instituição escolheu o imóvel da antiga estação ferroviária, por ser bem localizado e de fácil acesso, a exemplo de sua unidade em Petrolina.

A prefeitura então doou o terreno em 2018 e por falta de orçamento a universidade não conseguiu iniciar as obras até 2020. Como a lei de doação previa que o terreno voltaria ao patrimônio do município caso a construção não fosse iniciada em dois anos, a prefeitura precisa fazer um projeto renovando a doação e enviá-lo à câmara. Contudo, o atual gestor municipal não concorda com a doação do terreno da rede ferroviária, o que tem gerado todo esse desgaste.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *