Ele disse ainda esperar que tais políticos representem “um retorno dos líderes civis moderados” que entendem “os riscos e perigos do populismo”.
A frente que elegeu Yair Lapid venceu as eleições por estreita margem, de 60 votos a favor e 59 contrários, e acabaram com a era Binyamin Netanyahu, que durou 12 anos, a trajetória mais longeva de um governante do país.
A coalizão de oito partidos que apoia o novo primeiro-ministro é muito ampla e vai da esquerda radical à direita nacionalista: são dois partidos de esquerda; dois partidos de centro; três partidos de direita; um partido árabe (o conservador Ra’am), pela primeira vez num governo de Israel.
O acordo da coalizão, baseado em um rodízio, prevê que o líder da direita radical, Naftali Bennett, assumiria o governo nos primeiros 18 meses e depois Lapid tomará as rédeas.
O principal objetivo da frente era remover Netanyahu, de 71 anos, que está sendo julgado há um ano por suspeita de corrupção. Protestos pedindo sua renúncia ocorrem há meses. O último deles foi na noite de sábado.
Em frente à sua residência oficial em Jerusalém, os manifestantes não esperaram a votação no Parlamento para celebrar a “queda” do “rei Bibi”, o apelido de Netanyahu, que foi chefe de governo de 1996 a 1999 e, depois, de 2009 a 2021.
Bennett é o chefe do partido de direita Yamina e vai liderar o país pelos primeiros dois anos, e depois por Yair Lapid por um período equivalente.