Proposta do Executivo prejudica servidores que ganham salário mínimo

A oposição na Câmara dos Vereadores votou contra a proposta de adequação dos vencimentos dos servidores  enviada pelo Executivo na sessão desta quarta feira. Para o líder da oposição, Vereador Alex Tanuri (PSDB), a proposta do Executivo prejudicou os servidores que recebem salário mínimo e satisfazendo apenas aqueles que tem um salário base maior que os 545 reais, “um pequeno número entre todos os servidores“: Seis por cento adequa os vencimentos para quem a partir de janeiro não alcançou o valor de 545 determinado como piso de vencimentos. A verdade é que esta proposta só adequa os vencimentos ao piso nacional. Não foi aumento” – disse o vereador, explicando a razão porque votou contra a proposta.

 

“O artigo 1º do Projeto do Executivo determinava “o salário base dos servidores públicos municipais estatutários, estabilizados e temporários não será inferior a R$ 545,00”. O vereador Mitonho Vargas (PT), apresentou uma proposta, que a oposição acatou,  alterando o valor 545 reais para a expressão “não será inferior  ao mínimo vigente”. Isso garante aos servidores que não terão mais perdas de dois a três meses até que o Executivo envie um projeto para a Câmara. Votamos a favor. Nós da oposição apresentamos uma emenda alterando a redação do artigo 2º que limita aos servidores que ganham acima de 545 reais o aumento de 6%. O que nós propomos é que todos os servidores tenham um aumento de 6%. Nossa proposta foi rejeitada. Não podíamos votar a favor de um projeto que discordamos e que prejudica a grande maioria dos servidores, principalmente aos que ganham até um salário mínimo”  – explica Tanuri.

 

Ainda segundo os vereadores da oposição “a sessão foi eivada de irregularidades”, citando o voto do Presidente para aprovação do projeto do Executivo: “A situação precisava de sete votos para aprovar o projeto. Só tinha seis e o Professor Nilson saiu da Presidência e votou. É irregular” – garantem Neguinha da Santa Casa e José Carlos Medeiros.

 

Outra irregularidade foi chamar para substitui-lo como presidente a vereadora Suzana; “esquecendo” que a vice é a vereadora Neguinha da Santa Casa: “É uma sessão com decisões que podem ser questionadas judicialmente” – garante o vereador José Carlos Medeiros (PV).

 

 “A proposta do Executivo não foi discutida com a categoria e apesar da aceitação dos dirigentes sindicais não atende aos servidores. Ao contrário, prejudica” – enfatiza Tanuri.

 

Manoel Leão

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