O ex-assessor, assim como Bolsonaro, faltou ao depoimento duas vezes, alegando ter sido “acometido por inesperada crise de saúde”. Desde então, Queiroz sumiu, teve suas relações com milicianos descoberta e continua negociando cargos na Câmara do Rio de Janeiro. Até hoje, nem ele e nem Flávio prestaram seus devidos depoimentos ao MP-RJ.
Confira a linha do tempo dos últimos 365 dias sem Queiroz:
Amigo da família toda
A primeira reportagem sobre o caso, divulgada pelo Estado de S. Paulo, apontava que o Coaf revelava um movimento bancário total de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017. O relatório financeiro também identificou 48 depósitos de Queiroz na conta de Flávio Bolsonaro, totalizando R$ 96 mil reais entre junho e julho de 2017. Mas o “filho 01” de Jair não foi o único a receber dinheiro de seu assessor. Queiroz também depositou R$ 24 mil em 10 cheques na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Um cara de negócios”
No fim do mês de dezembro, Queiroz solicitou o 3º adiamento de seu depoimento, alegando o diagnóstico de um câncer. No dia 26 de dezembro, o ex-motorista concedeu entrevista ao SBT e tentou se explicar sobre seus rendimentos suspeitos: “Eu sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro, compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro”. Em um país que enfrenta uma crise econômica há anos, Queiroz encontrou a fórmula mágica de ganhar dinheiro através da negociação de veículos, segundo ele.
Dançando na cara da Justiça
No dia 8 de janeiro, Queiroz se ausentou novamente do compromisso no Ministério Público alegando ter realizado cirurgia horas antes. No dia 10, foi a vez de Flávio, recém-eleito senador, faltar à convocação da Justiça. Dois dias depois, o ex-assessor apareceu em vídeo dançando nas redes sociais, mostrando condições físicas suficientes para se esclarecer à Justiça.
Queiroz, alvo de uma investigação devido a uma movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão em sua conta e um depósito de R$24 mil à conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, é o protagonista de um vídeo em que dança no hospital com duas mulheres, supostamente são sua filha e esposa.