BAHIA E SHANDONG FAZEM ACORDO PARA DESENVOLVER PESQUISAS E INTERCÂMBIOS CIENTÍFICOS NA AGROPECUÁRIA

blogqsp.seagrireuniãoEstados irmãos há 14 anos, Bahia e Shandong pretendem compartilhar experiências e pesquisas de culturas semelhantes, como o milho e o trigo

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Aquicultura e Pesca (Seagri) está colhendo os resultados práticos das missões realizadas pelo secretário da pasta, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, à China. Na manhã desta terça-feira (15) comitiva formada por pesquisadores, professores e vice-presidente da Shandong Academy of Agricultural Sciences, academia de ciências agrícolas administrada pelo governo provincial de Shandong, foi recebida na Seagri para assinar um memorando de entendimentos que visa incentivar a troca de informações acadêmicas de ambos os lados, na área da agricultura. A reunião contou com o apoio da Secretaria Extraordinária de Relações Internacionais (Serinter).

Experiente na área de aquicultura e pesca, na produção de milho, trigo, algodão, na avicultura e suinocultura, a China também está interessada em conhecer os institutos de pesquisa da Bahia e do Brasil. “Queremos no futuro, viabilizar a troca de informações, visitar institutos e receber a comitiva baiana em Shandong. Isso vai possibilitar o desenvolvimento da agricultura, para os dois lados”, disse o vice- presidente da Shandong Academy of Agricultural Sciences, Jia Wu.

De acordo com o presidente em exercício da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), João Bosco, a troca de experiências permitirá avanços no setor da pesquisa. “Esse acordo é de grande interesse, pois utilizando as tecnologias e experiência dos chineses, podemos gerar aumento na produção, desenvolver espécies resistentes à seca, dentre outras coisas”, explicou.

O secretário da Seagri, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, considera fundamental um intercâmbio como esse. “A província de Shandong e a Bahia são muito semelhantes na produção agropecuária, por isso acredito que os Estados têm muito que compartilhar”, destacou Salles, lembrando a importância de envolver a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Jinan, a capital da província de Shandong, no nordeste chinês, é a segunda maior produtora nacional de trigo. Ciente desse papel importante, a academia no setor de pesquisas agropecuárias tem levado a campo pesquisas que visam à elevação da produtividade dessas lavouras. Estão em estudo em torno de 100 variedades da cultura, desenvolvidas para driblar a seca e solos salinizados, flexibilizar as aplicações de fertilizantes e defensivos e elevar o teor nutricional da matéria-prima.

Além do secretário Eduardo Salles, do presidente em exercício da EBDA, João Bosco, do vice-presidente da academia, Jia Wu, também estiveram presentes os pesquisadores e professores Sun Wangang, Yu Zhencheng, Huang Chengyan, Dong Hezhong e Wang Qingcheng. A reunião foi acompanhada ainda pela coordenadora de Ações Internacionais da Secretaria Extraordinária de Relações Internacionais (Serinter), Rita Carvalho, e da coordenadora de Relações Institucionais da Seagri, Flávia Regis.

Grupo chinês visita Central de Laboratórios da Agropecuária da EBDA

Pesquisadores da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, receberam a visita da comissão de chineses na tarde desta terça-feira (15), na Central de Laboratórios da Agropecuária (CLA), em Ondina. O chefe da CLA, o doutor em química, Anselmo Angelim Gomes de Lima, apresentou ao grupo toda a central, além dos projetos de pesquisa e os serviços de análises.

De acordo com Lima, a capacidade de medir e pesquisar é a chave para uma relação comercial saudável, pois ela fornece confiança entre as partes. “Temos a possibilidade de medir e pesquisar determinados assuntos na área do agronegócio e essa capacidade é muito importante entre países que tem intenção comercial, pois aumenta o grau de confiança entre as partes envolvidas e estimula a troca de informações”, justificou.

Os demais pesquisadores da CLA acompanharam o grupo chinês até os laboratórios de análises físico-químicas de mel, própolis e pólen, como também mostraram as etapas de classificação vegetal e apresentaram as pesquisas na área de parasitologia animal e vegetal.

Segundo o vice-presidente da Academia de Ciências Agrícolas de Shandong e responsável pela comissão chinesa, Jia Wu, o grupo também pretende intensificar o entendimento mútuo entre os dois órgãos e aumentar o estabelecimento de intercâmbios.

Na visita também estiveram presentes, o assessor da presidência da EBDA, Sandoval Costa, e a subchefe do Serviço de Laboratórios e Classificação de Produtos de Origem Vegetal da EBDA, GracieleSiering.

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