Rede de solidariedade ajuda dentista que estava morando em barraco

Formado em odontologia, Leandro Guimarães estava morando em área de risco no bairro de Mandacaru. Colegas de profissão realizaram campanha pelas redes sociais e ajudas não param de chegar

“Graças a Deus estamos recebendo muitas mensagens de pessoas dispostas a ajudar”. Essas são as palavras da dentista Thalita Lemos Brasil, 40 anos. Ela foi a pessoal responsável por criar uma rede de solidariedade na internet para ajudar o colega de profissão Leandro Guimarães. O rapaz passa por dificuldades financeiras desde que o pai faleceu. Ele estava morando em condições precárias num barraco no bairro de Mandacaru, em João Pessoa.

“Jogamos o caso dele na internet e foi algo surpreendente. As pessoas ainda têm bom coração. Coloquei meu número particular e não param de chegar ajudas. Já conseguimos alugar um pequeno apartamento para Leandro. Ele já ganhou um celular. Tem comida e tudo o que vocês imaginarem. Estamos muito esperançosos”, comentou Thalita.

Antes de perder tudo que tinha, Leandro morava com o pai no bairro dos Bancários, também na capital da Paraíba. Após o genitor falecer em 2016 por causa de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), as coisas ficaram difíceis. Sem emprego e casa própria, ele teve que encontrar uma alternativa para não ficar no meio da rua. Foi quando surgiu o barraco no bairro periférico pessoense.

As coisas foram piorando e até comida estava difícil de conseguir. A cabeça não era a mesma e a depressão estava batendo na porta. Diante das circunstâncias, uma luz no fim do túnel apareceu nos últimos dias.

“Eu fiquei sabendo por uma amiga da história de Leandro. Busquei mais informações sobre ele e todos diziam que o menino era estudioso e trabalhador. Mesmo sem conhecê-lo, não tive como não ajudar. Inicialmente, conseguimos as roupas, mas ele estava precisando de muito mais. Foi onde surgiu a ideia da campanha”, explicou a odontóloga.

Thalita também informou que o emprego Leandro já tem. E será na clínica dela. Inicialmente, ele vai passar por alguns cursos de capacitação, já que está há vários anos fora do mercado. Um psicólogo vai fazer um acompanhamento com o dentista para que a reabilitação dele na sociedade aconteça da maneira menos impactante possível.

“Agora, a gente pede calma e agradece. Vamos responder a todas as mensagem para que tudo seja entregue da melhor maneira para Leandro. Ele está muito magro. Vamos pensar primeiramente na saúde dele. Logo em seguida faremos o resto”, finalizou Thalita Lemos.