Samu volta a fazer atendimentos em Petrolina

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Petrolina, Sertão do Estado, voltou a funcionar e conta, agora, com uma unidade de suporte avançado (USA), que serve para o atendimento de casos emergenciais, além de médicos e enfermeiros contratados. A unidade ficou 39 dias sem UTI móvel e sete dias totalmente interditada pelos Conselhos Regionais de Medicina (Cremepe) e de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE). No entanto, várias outras reivindicações da categoria visando melhoria na infraestrutura não foram atendidas.

A Secretaria municipal de Saúde assinou um termo de responsabilidade junto ao Cremepe, na semana passada, prometendo resolver todos os problemas que afetam tantos os médicos quanto a população de Petrolina. Porém, ainda não há prazo para a resolução das dificuldades.

De acordo com o médico do Samu de Petrolina Edgar Paulo, os profissionais que haviam sido demitidos não foram recontratados. “Apenas alguns médicos que faziam parte do quadro voltaram para o Samu. Estamos torcendo para que os outros que antes trabalhando na unidade voltem”, afirma. O Samu entrou em atividade na última sexta-feira 21.

A categoria iniciou, no dia 29 de novembro, o “Movimento S.O.S Samu” a fim de protestar, sobretudo, contra a demissão de médicos e falta de ambulância de suporta avançado. Mas também estava na pauta de reivindicações, não atendidas até o momento, reforma dos pisos danificados das ambulâncias, aquisição de gerador e nobreak (gerador de energia) na sala de comando, de colchões e ar condicionado na de repouso, além de mais segurança no Samu, que, segundo os participantes do movimento, vivia aberto.

“Há uma expectativa de que o movimento se regionalize. É um processo em andamento em 20 cidades para reivindicar melhorias nas condições de trabalho do Samu”, informa Edgar Paulo. Em Petrolina, funciona uma central que coordena os serviços de atendimento em outras unidades de 20 municípios. O Samu petrolinense necessita, ainda, de mais duas unidades de suporte básico. No momento, os médicos contam com duas.

A gravidade da situação na unidade foi tão grande que o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) foi acionado. Depois, o Cremepe fez uma vistoria no Samu da cidade. Devido ao fato de os problemas verificados colocarem em risco a vida da população, já que não tinha, sequer, USA, o caso foi para no Ministério Público, Estadual e Federal.

Posteriormente, no começo de dezembro, o juiz da Vara da Fazenda Pública, Josilton Reis, determinou a recomposição do quadro de funcionários, além de suspender os efeitos administrativos que justificassem o corte de médicos. A Secretaria reconheceu que teve de demitir para que o município atendesse à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e não cumpria os 25% de verba a ser destinado para a saúde.

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