MONTE SANTO: PAIS ADOTIVOS RECORREM DE REVOGAÇÃO DE GUARDA PROVISÓRIA

 

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Bahia 247

As famílias adotivas das cinco crianças que foram retiradas da mãe em Monte Santo, no nordeste da Bahia, prometem recorrer da decisão judicial que determinou o retorno dos pequenos à mãe biológica, Silvania, segundo matéria publicada pelo Fantástico neste domingo (2).

A mãe viajou para São Paulo na sexta-feira (30) com o filho caçula, que nasceu depois da retirada forçada dos irmãos de casa. Eles irão reencontrar as crianças e ficar com elas por duas semanas em uma organização de acolhimento provisório para que, com a ajuda de assistentes sociais e psicólogos, haja a aproximação.

Depois, as crianças retornam para a cidade de Monte Santo, no sertão baiano, de onde foram levadas.

Na terça-feira (27), o juiz Luiz Roberto Cappio, de Monte Santo (BA), determinou que as cinco crianças baianas que foram entregues para adoção a famílias paulistas voltem a viver com os pais biológicos. Segundo o juiz, o processo de adoção das crianças ocorreu em meio a diversas irregularidades.

Os pais biológicos dizem que elas foram retiradas de casa em junho de 2011, pela polícia, após ordem do juiz Vítor Manoel Xavier Bizerra, que na época atuava em Monte Santo. Dos cinco filhos do casal, dois mais velhos foram levados para Campinas. Os outros foram para Indaiatuba, cidade vizinha.

A advogada que defende as famílias adotivas em São Paulo, contudo, afirma que irá recorrer da decisão. “As famílias são as maiores vítimas, em conjunto com essas crianças que, com um ano e meio de relacionamento, com o trato que se teve durante todo esse tempo e, inclusive com o convívio com outras crianças também adotivas, vai trazer muito problema para todas elas”, aponta a advogada Lenora Steffen Panzetti (foto).

A advogada afirma que as crianças foram entregues à guarda provisória dos pais adotivos por recomendação do Ministério Público da Bahia. “Quem ingressou com o pedido para que as crianças fossem retiradas (dos pais biológicos) foi o Ministério Público. Isso há de ser esclarecido. Isso há de ser informado à população em geral que se condoeu pela mãe e que acusou como algozes dessa história as famílias de São Paulo”, ressalta Lenora.

O Ministério Público baiano, porém, entende que não houve erro. “Não. O que ocorreu foi um pedido de aplicação de uma medida protetiva, que não implicava em retirada dessas crianças do município. Não implicava em perda ou suspensão do poder familiar e muito menos na entrega dessas crianças às outras famílias”, afirma o promotor Luciano Tacques Ghignone, que está com o caso.

“Essas famílias, embora, de alguma forma, ludibriadas, elas em algum momento, e eu digo momento quando chegaram no Fórum de Monte Santo, elas tomaram pé, tomaram ciência de toda a situação irregular e mesmo assim decidiram continuar com esse processo de violência, eu diria, a essas crianças. Então agora precisam assumir a corresponsabilidade por esse transtorno todo”, afirma o juiz Cappio. Informações do G1.

 

 

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