O coordenador do Programa de Coleta Seletiva de Petrolina, José Rosivaldo, realizou uma palestra na Ilha Massangano abordando a implantação da coleta seletiva. A comunidade abraçou a causa e contará com a participação dos agentes de saúde e associações comunitárias.
“Vamos usar sacolas pretas para lixo não reciclável e transparente para os recicláveis. O óleo de frituras que vai ser coletado será transformado em sabão na própria comunidade”, revela Rosivaldo.
Esta proposta será possível, já que o programa prevê uma oficina para ensinar os interessados a fabricar sabão. Para preservar o meio ambiente haverá também um “papa-pilha” para recolher baterias e pilhas.
Essa iniciativa conta com a participação da Prefeitura Municipal de Petrolina, através da Secretaria de Infraestrutura, da ONG Ecovale e da Construtora Venâncio. Todo material recolhido será repassado para a Cooperativa de Catadores do Raso da Catarina, beneficiando, assim, 22 famílias de catadores.
Segundo Jose Rosivaldo, o Programa de Coleta Seletiva já conta com vários parceiros como, Univasf, Sebrae, IF Sertão, SESC, SEST/SENAT, entre outras instituições. “Estamos trabalhando para ampliar o programa, com o objetivo de atender toda a população petrolinense, onde utilizaremos as Cooperativas e associações de catadores, às quais já estão sendo regularizadas, através da ONG Ecovale. Dessa forma, estaremos beneficiando e reconhecendo o trabalhado dos catadores de materiais recicláveis de Petrolina”, explica José Rosivaldo.
O Programa Coleta Seletiva é uma proposta de desenvolvimento sustentável e foi lançado no início do ano pelo prefeito de Petrolina, Julio Lossio, convênio entre o município, por meio da Secretaria de Infraestrutura. O programa objetiva oferecer uma melhor destinação aos resíduos produzidos pelos petrolinenses, além de proporcionar renda a profissionais que vivem do recolhimento e reciclagem do lixo.
Com 80% dos condomínios cadastrados (pelos quais a coleta seletiva se iniciou), a iniciativa oferece coletores para a devida separação de materiais recicláveis dos não recicláveis, possibilitando a transformação daqueles reaproveitáveis em fonte de renda.
“A coleta seletiva e o devido reaproveitamento dos materiais coletados geram muitos benefícios para a sociedade, a exemplo da redução da poluição do solo, água e ar; melhoria da limpeza da cidade e da qualidade de vida; melhoria da produção de compostos orgânicos; geração de emprego para a população não qualificada e receita para os pequenos e microempresários com a comercialização dos recicláveis, além de formar uma consciência ecológica”, apontou Julio Lossio.