FBC DEFENDE A INTERVENÇÃO NO RIO PARA CRITICAR PAULO CÂMARA PELA VIOLÊNCIA EM PERNAMBUCO

HUMBERTO COSTA DISCORDA DE FBC, QUANTO A INTERVENÇÃO

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) elogiou a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro em discurso nesta terça-feira (20), no Senado. Possível adversário do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), nas eleições deste ano, o parlamentar usou sua fala para criticar a violência no Estado e chamar atenção de que a medida pode passar a ser adotada em outros lugares.

O emedebista seguiu o discurso de correligionários como o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), e disse que a pauta da segurança é prioritária.

FBC citou os 5.427 homicídios registrados em Pernambuco em 2017. “De modo geral, a criminalidade se consolida na ausência do Poder Público. É preciso, primeiro, mapear as áreas críticas, para então retomá-las, principalmente por meio de políticas sociais e ações de cidadania que revertam esse quadro”, criticou o senador.

“Embates político-partidários e divergências menores devem ceder ante o exame responsável da matéria por todos os Parlamentares. O que está em jogo não se resume a um mero apoio do Governo Federal a um determinado Estado da Federação, mas sim uma sinalização firme e inequívoca de que o Estado brasileiro combaterá incessantemente a criminalidade, com os recursos financeiros disponíveis e humanos necessários, com atividades de inteligência e cooperação entre os entes federativos”, afirmou o pernambucano.

Para Fernando Bezerra Coelho, em Pernambuco, “o cenário atual não sinaliza melhorias no curto prazo”.

Humberto Costa discorda

Líder da oposição, o também pernambucano Humberto Costa (PT) discorda da ação no Rio de Janeiro. Para o petista, a medida foi tomada por não ter votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência.

“Derrotado pelos aliados, vítima de uma forte pressão popular, Temer reconheceu a sua derrota na previdência e foi atrás de um novo mote. Foi roubá-lo das mãos de Jair Bolsonaro, e abandonou a proposta das reformas, e passou a investir de uma forma populista, irresponsável, na área de segurança pública, que foi negligenciada por ele durante todo esse período”, disse. “A intervenção militar no Rio de Janeiro, que também serviu como uma saída honrosa ao descarte da reforma da previdência, é uma ação temerária, amadora, não planejada e extremamente perigosa.”

O senador afirmou ainda que há violência em vários estados do país, não só no Rio. “É clara a ‘bolsonarização’ do Governo em busca de votos. E é absurdo e criminoso que as Forças Armadas sejam usadas em uma jogada eleitoral que também pode expor a população do Rio à supressão de garantias constitucionais importantes, como, por exemplo, a adoção de mandados coletivos de busca e apreensão.”

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