Congos de Juazeiro mantém tradição de louvar a Nossa Senhora do Rosário

No calendário católico 07 de outubro é dedicado à celebração de Nossa Senhora do Rosário, festa instituída pelo Papa Pio V em 1571, em homenagem à vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto, na qual os católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos e venceram o combate. Em Juazeiro, no entanto, a homenagem festiva e cultural à santa acontece somente no último domingo de outubro com o cortejo do grupo de Congos, que mantém uma tradição quase centenária.

José Pereira Filho, popularmente conhecido por seu “Govéi”, herdou a missão do avô Cipriano Cardoso em 1973, quando este faleceu. “Meu avô conheceu os Congos através de um homem chamado Zé Cassiano, um antigo morador da ilha de Nossa Senhora e até morrer manteve viva essa tradição de nossa cidade”, explicou.

Há quase quarenta anos à frente dos Congos, seu “Govéi” promove o cortejo louvando as glórias alcançadas na fé em Nossa Senhora do Rosário. De influência africana, os Congos representam uma das mais instigantes manifestações culturais e religiosas de Juazeiro.

“Minha gente que festa é aquela de tanta alegria, são os Congos do Rosário que vêm festejar Maria”. Quando os Congos, formados por homens, mulheres e crianças, iniciam o cortejo com seus cânticos de louvor e de fé, suas roupas nas cores azul, rosa e branco e ao som do batuque do pandeiro, o povo entra, se junta aos marujos com alegria para agradecer a nossa Senhora do Rosário as graças alcançadas.

“Os Congos representam a minha alegria e a minha fé. É como se a cada ano eu ficasse mais novo e por isso agradeço a Deus e a Nossa Senhora por essa felicidade de poder estar cumprindo minha missão”, ressaltou seu “Govéi”. Com o apoio da gerência de cultura da Secretaria de Igualdade, Assistência Social e Cultura (Seiasc), o cortejo dos Congos sairá neste domingo (28), da Vila Jacaré, às 06 horas da manhã, passando por várias ruas do centro até chegar à Praça da Catedral, onde haverá apresentação do congado até a hora da missa.

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