Seis vezes presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchôa, deputado estadual pelo PDT, descreveu a sua visão do encontro da oposição estadual na última segunda-feira: “Eles que se juntem. Mas eu não acredito que azeite com água se misturam”. Alçado ao comando da Assembleia em 2007 pelo falecido ex-governador Eduardo Campos (PSB), e lá mantido ora pela sigla socialista, ora pelo próprio poder de articulação, Uchoa diz ter uma boa relação com os principais nomes da oposição, antes de dar a sua avaliação sobre 2018.
“Já vi (o senador) Armando (Monteiro, PTB) desistir de ser candidato a governador a dois meses da eleição. O quadro é de indefinição”, reforçou, antes de dizer que o único candidato garantido em 2018 é o governador Paulo Câmara (PSB). Para Uchoa, Paulo atua forte em áreas com mais dificuldades nas pesquisas, como a segurança, o que gera agenda positiva.
Uchoa exalta feitos de Paulo e critica a gestão Michel Temer (PMDB), exatamente como o PSB, pela alta no gás de cozinha e as reformas trabalhista e da Previdência. “Qual o discurso?”, questionou. “Uma coisa é juntar pessoas. Outra é fazer um ajuntamento de pessoas”, completou o presidente da Alepe.
AS SEMENTES DO SÉTIMO MANDATO
Quando reeleito para o sexto mandato na presidência, Uchoa encarou ação judicial da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco, com base em lei estadual que limita a reeleição. No entanto, deputados garantem que, se reeleito em 2018, Uchoa poderia disputar de novo a presidência em 2019.