
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), as empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa teriam realizado doações ao PSB -partido do senado na época, relacionadas à construção da Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras. A denúncia da PGR diz que recursos seriam contrapartida pelo apoio do governo às obras e à concessão de vantagens fiscais.
Ainda de acordo com a PGR, parte da quantia seria destinada à campanha de reeleição de Eduardo Campos (PSB) -morto em 2014 em uma tragédia aérea, ao governo de Pernambuco em 2010.
Já Aldo Guedes e João Lyra são acusados pela PGR de atuarem como operadores para viabilizar o repasse da propina. À época, o senador FBC era secretário de Desenvolvimento Econômico do estado e dirigente do Porto de Suape.
O julgamento teve início na semana passada com a leitura do relatório pelo relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin, e as sustentações orais dos advogados das partes. Também se manifestou o representante do Ministério Público Federal (MPF). A sessão desta terça será retomada com o voto do relator.
Senador esperançoso
Durante o debate da Super Manhã na Rádio Jornal, nessa segunda-feira (27), o senador Fernando Bezerra Coelho reafirmou sua inocência e afirmou que sua “filha é limpa”. “Estou na vida pública há 35 anos e nunca tive uma sentença condenatória transitada em julgado. Estou esperançoso com o arquivamento dessa denúncia”, disse o peemedebista.