RESTAURANTES DA PERIFERIA DE PETROLINA ATRAEM CLIENTELA DO SHOPPING, DO BODÓDROMO E DE BAIRROS NOBRES

Na cadeira do restaurante de Ricardo , o Ricaldinho , quem  procura por  prédios espelhados, casas suntuosas e carros de luxo, pode se desapontar. À frente enxerga casas modestas, carros populares muita gente a pé. Cenário  típico de bairros de periferia de Petrolina.

Moradores do bairro Jardim Amazonas ,na zona Oeste em Petrolina  -, dividem as mesas com publicitários e gerentes de grandes empresas. O encontro entre as classe média e a baixa ocorre diariamente  a partir do meio-dia. Por quê?

Ninguém quer gastar muito dinheiro para almoçar, afinal. Nos self-service do Centro e do Shopping, o kilo da  refeição não sai por  menos de  R$ 59,90.No mínimo, uma pessoa mesmo comendo pouco, vai gastar por baixo R$ 25, 00 ( sem bebida ).

Já nos restaurantes da periferia, os preços praticados, se tornam um convite a comer bem e fartamente. Enquanto que no Bodódromo,  uma refeição para 4 pessoas não sai por menos de R$ 100, 00 (isso sem bebida), nos restaurantes periféricos, com bebidas e com direito a cafezinho, o cliente não vai gastar mais do que   R$ 65, 00 com seus amigos ou familiares.

A poucos metros do River Shopping,no bairro Areia Branca, a diversidade de pequenos restaurantes tem sido um atrativo para executivos, funcionários públicos  e aqueles que pretendem economizar quando o assunto é comer bem e barato. Um festival de boa comida, com sabores diversos, com temperos Regionais e fugindo do Arroz branco sem sabor que é servido nas praças de alimentações.

O gerente de lojas em Petrolina, Saulo Jardim, de 26 anos, comia, como entrada, uma porção de batatas fritas e tomava um refrigerante sentado a uma mesa do lado de fora, na Rua larga do Bairro Maria Auxiliadora – o cardápio do dia tinha como pratos principais filé de merluza, Bode cuzido  e costela  bovina com molho barbecue.

“Recebo R$ 30 de alimentação por dia. Se eu comer no shopping, o meu Vale Refeição  dura 10 dias. Lá, a comida é cara e industrial. Aqui é comida caseira”, diz Saulo Jardim.

Elisângela Silva , secretária de 29 anos, afirma que amigos e parentes estranham quando ela conta que almoça diariamente em bairro periférico . “Dizem: ‘mas não é perigoso?’ Eu respondo que não, é tranquilo, bom e barato”, diz.

Revertendo uma tendência de alta nos últimos anos, os preços de alimentos e bebidas acompanhados pelo IPCA – índice de inflação calculado pelo IBGE – tiveram queda de 2% de janeiro a outubro. O item “alimentação fora do domicílio” também vem cedendo, mas em ritmo mais lento. Nos últimos 12 meses, a inflação agregada no Brasil desacelerou para 2,2%, ante alta de 10,67% em 2016.

Lembre-se que o dinheiro é seu, mas comer bem, bom e barato, faz bem pra saúde e para a economia de seu bolso.

Por Cauby Fernandes

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