NÃO HÁ CLIMA PARA PARTICIPAR DE EVENTOS PARTIDÁRIOS’, DIZ GRUPO DE FBC

O senador Fernando Bezerra Coelho e o ministro Fernando Filho divulgaram um posicionamento conjunto para explicar a ausência no Congresso do PSB, realizado neste domingo, no Recife.

“Com processos tramitando na executiva nacional solicitando a expulsão do partido de 16 parlamentares, inclusive 4 de Pernambuco, embora convidados, consideramos não haver clima para participar de eventos partidários até o desfecho desta questão”, argumentam.

Nesta semana que vem, Fernando Filho deve acompanhar o presidente Temer em sua viagem a China. Antes disto, o ministro Fernando Filho prestigia um evento do colega Bruno Araujo (Cidades) em Caruaru. O senador FBC também deve comparecer. Será a primeira vez que a oposição se mostrará unida em um palanque. O senador do PTB Armando Monteiro também deve comparecer ao evento. Veja mais abaixo.

Oficialmente, o grupo de FBC reage a uma retaliação por conta da atuação parlamentar.

No começo do ano, a Executiva nacional do PSB decidiu, em 24 de abril, fechar questão contra as reformas Trabalhista e da Previdência propostas pelo Governo Federal. Dos 30 deputados do PSB no Congresso Nacional, 14 votaram a favor da Reforma Trabalhista.

O presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira, destituiu quatro presidentes estaduais do partido, Fabio Garcia (PSB-MT), Maria Helena (PSB-RR), Danilo Forte (PSB-CE), e Tereza Cristina (PSB-MS), líder da bancada federal.

“Eles foram afastados porque em cada estado o presidente de certa maneira não deixa de ser a cara pública do partido. Isso funcionou muito bem porque a repercussão nos estados foi muito grande e ficou claro que eles eram dissidentes e não estavam seguindo a orientação com posição fechada do PSB contra as reformas”, afirmou, no começo de julho.

Extraoficialmente, a movimentação pode ser explicada pela corrida eleitoral de 2018.

Como já sabia que a família Coelho estava de saída do PSB, para outro partido, o governador Paulo Câmara chegou a ir à cidade de Petrolina, neste sábado, véspera do evento do PSB, para fazer anúncios e inaugurações. Com o gesto, Paulo Câmara buscava afirmar que estava ajudando a cidade e a região e os dissidentes faziam o movimento por conta própria e não estimulados pelo PSB. Neste domingo, as expectativas se confretizaram e a família Coelho não compareceu no Congresso do PSB, realizado nesta manhã em um hotel do Pina.

Privatização da Eletrobrás joga mais lenha na fogueira

Na semana passada, o clima de beligerância entre os grupos rivais dentro do partido chegou ao ápice, quando o ministro Fernando Filho anunciou que o governo Temer iria privatizar o sistema Telebrás, incluindo ai a distribuidora regional do Nordeste, a Chesf. Leia o artigo A vanguarda socialista do atraso

O clima vem azedando faz tempo, desde que o grupo do senador FBC tomou a decisão de aceitar ministério de Minas e Energia, no governo Temer, rachando o PSB. O secretário de Turismo de Paulo Câmara, Felipe Carreras, falando pelo grupo ligado ao governador e ao prefeito Geraldo Julio, chegou a afirmar que se Fernando Filho não deixasse o ministério ele mudaria de partido. Não aconteceu nem uma coisa nem outra.

No começo de julho, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, chegou a reafirmar o posicionamento de que o ministro das Minas e Energia, Fernando Filho (PSB) devia se retirar do governo Temer.

“Como um partido não indica um ministro e ele continua? Como um partido que está contra a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência tem um ministro no governo?”, disse o presidente do PSB, na época.

Carlos Siqueira defendeu a saída do ministro do governo após a liberação do áudio da conversa do presidente Michel Temer (PMDB) com o empresário da JBS Joesley Batista pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

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