IPAC não acata registro dos penitentes como patrimônio imaterial da Bahia.

 

A Comunidade de Juazeiro, na manhã de ontem recebeu com muita tristeza a notícia passada pelo Gerente de patrimônio ImateriaL do Ipac ( Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia ), Roberto Pellegrino a respeito da tradição secular dos Penitentes de Juazeiro, que poderia receber a chancela de manifestação cultural reconhecida oficialmente como patrimônio imaterial da Bahia. Para isso, foi dado o primeiro passo para criação de um dossiê que reuniu documentos, entrevistas, imagens, dados técnicos e análises de especialistas para mostrar e comprovar a importância dessa manifestação cultural para o Estado. Os trabalhos que o IPAC fez para produzir um dossiê incluiu histórico da manifestação e da região com pesquisa qualitativa, estudo antropológico e documental, bibliografia, entrevista com integrantes da manifestação e estudiosos, iconografia, estudos de economia da cultura e suportes físicos. Os trabalhos foram finalizados pela equipe multidisciplinar do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) – vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (Secult) – integrada por sociólogos, historiadores, fotógrafos, videomakers, e profissionais de outras áreas do conhecimento. Após finalizado o dossiê foi enviado para a análise do Conselho Estadual de Cultura (CEC), que seguindo orientações da UNESCO, ( continha cenas de auto flagelo ) não votando favorável, nem acatando a sugestão de registro de bem intangível do IPAC. O corpo de Câmara do Ipac. Com isso, o dossiê do bem imaterial não pode ser inscrito no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações da Bahia. Caso fosse aprovado, esta manifestação cultural passava a ter prioridade nas linhas de financiamento público, sejam elas municipais, estaduais, federais ou até internacionais. Segundo o Gerente de Patrimônio Imaterial do IPAC, Roberto Pellegrino, o bem cultural imaterial pode ser protegido pelos poderes públicos, sendo citado, inclusive, na Constituição Brasileira de 1988, no artigo 23, III. “O artigo faz ‘referência a identidade, a ação, a memória dos diferentes grupos formadores da sociedade. Características que são imprescindíveis a uma nação”, explica Pellegrino. Mais informações sobre os penitentes são disponibilizadas através dos telefones ( 71 3116 – 6741 )

Com informações de Valterlino Pimentel ( Pinguim )

Foto: Elias Mascarenhas ( IPAC)


 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *