Porto das barquinhas: descaso e falta de acessibilidade – Parte II

 

Há uma semana o blogQSP denunciou a falta de estrutura e acessibilidade no porto das barquinhas em Juazeiro e Petrolina (veja).  Falamos sobre o descaso com os portadores de necessidades especiais, do incômodo em ter que pisar na areia antes de subir ou descer da barca, entre outros problemas.  Hoje conversamos com o presidente da associação das barquinhas, Luiz Rogério, e ele nos contou um pouco mais sobre os problemas encontrados no local e das medidas que deveriam ter sido tomadas, mas até agora não foram feitas.  Luiz Rogério afirmou que tanto no porto de Petrolina quanto em Juazeiro as barcas não têm acessibilidade alguma.  Segundo ele quando o rio está seco é a maior dificuldade, pois o barco encalha e fica afastado do calçamento. “Isso dificulta bastante principalmente para o pessoal da melhor idade que utiliza as barquinhas. Eles sofrem bastante com isso”, disse.            

O presidente da associação contou que já foi feito o pedido junto ao IBAMA para fazer um calçamento no local onde ficam as três obras de arte do artista plástico Ledo Ivo, mas o órgão entendeu que naquela área existe mata ciliar. Sem o calçamento as pessoas continuam sendo obrigadas a encher os sapatos de areia.

O que poderia ser uma solução para o porto das barcas, está abandonado. Trata-se do terminal hidroviário, embaixo do EME, que começou a ser construído na administração passada, mas que até hoje não ficou pronto. De acordo com as informações de Luiz Rogério, esse espaço seria o ideal para ancorar as barcas e receber os passageiros. “Aquele porto é mais fundo e a embarcação não encalha”, disse. No entanto ele lembra que o problema não pode ser resolvido apenas em uma cidade. “Tem que ser feito um porto em conjunto, que seja funcional em Juazeiro e Petrolina”, alerta.

 

Hoje, o lugar que deveria servir como ponto de embarque e desembarque de passageiros, com lojas, lanchonetes e outros confortos, é utilizado como abrigo de usuários de drogas. “É uma estrutura que já está feita, precisa só ser melhorada”, lembra Luiz.

Em breve o QSP fará outra matéria abordando as medidas tomadas pelas duas cidades para por fim na falta de estrutura no porto das barquinhas. 

 

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