Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua

Do G1, em São Paulo

O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, em 1969. (Foto: Nasa)O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong,
em 1969. (Foto: Nasa)

O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do astronauta aos jornais dos Estados Unidos.

Em 7 de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos encontrarem quatro entupimentos em suas artérias,  e desde então estava se recuperando no hospital na cidade onde morava com a esposa, Cincinatti.

No Twitter, a Nasa ofereceu “seus sentimentos pela morte de Neil Armstrong, ex-piloto de testes, astronauta e primeiro homem na Lua.”

Conheça a biografia
Armstrong foi o comandante da Apollo 11, missão que chegou ao satélite da Terra em 20 de julho de 1969. Ao ser o primeiro ser humano a pisar em outro corpo celeste, Armstrong proferiu a frase: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”

Nascido em 5 de agosto de 1930, Armstrong foi piloto da Marinha dos Estados Unidos entre 1949 e 1952 e lutou na Guerra da Coreia. Em 1955, se formou em engenharia aeronáutica pela Universidade de Purdue e se tornou piloto civil da agência que precedeu a Nasa, a Naca (Conselho Nacional de Aeronáutica).

 

 

Armstrong, em imagem de 2006, após receber prêmio  (Foto: NASA Kennedy Center Media Archive Collection)

Armstrong, em imagem de 2006, após receber prêmio (Foto: NASA Kennedy Center Media Archive Collection)

Neil Armstrong foi recebido como herói após sua volta, com condecorações de diversos países. A mais recente foi uma medalha do Congresso americano, dada a ele e a outros pioneiros espaciais em novembro de 2011.

Logo após o voo, ele assumiu uma posição de gerência na Nasa e participou da investigação do acidente da Apollo 13. Ele se aposentou da agência em 1971. Em 1970, obteve um mestrado em engenharia aeroespacial da Universidade do Sul da Califórnia. Depois, virou professor na Universidade de Cincinnati, onde morava, até 1979. Armstrong também fez parte da mesa diretora de algumas empresas americanas. Em 1986, a convite do presidente americano Ronald Reagan, participou da investigação do acidente do ônibus espacial Challenger.

Armstrong casou com Janet Shearon em 1956 , com quem teve três filhos: Eric, Karen e Mark. Karen morreu de câncer no cérebro em 1962, aos três anos, e jamais viu o pai ir ao espaço. Ele e Janet se divorciaram em 1994, após 38 anos de casamento. No mesmo ano, ele se casou com sua segunda esposa, Carol Knight.

Armstrong viveu uma vida de reclusão após a Apollo 11. Convidado frequentemente por partidos americanos, ele se recusou a concorrer a um cargo político. Armstrong também raramente era visto em público e quase nunca dava entrevistas, além de não costumar tirar fotos ou dar autógrafos, porque não gostava que eles eram vendidos por valores que ele considerava “absurdos”. Sua única biografia autorizada foi publicada em 2005. Ele também costuma processar empresas que usam sua imagem sem autorização e doar as indenizações recebidas à faculdade em que se formou. Em 2005, processou seu barbeiro por ter vendido fios de seu cabelo por US$ 3 mil. O barbeiro teve que doar o valor para a caridade.

Em 2009, ele fez uma viagem “secreta” ao Brasil, onde passou por São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

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