AÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS EM PRESÍDIOS TERÁ MIL HOMENS AO CUSTO DE R$ 10 MILHÕES

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou nesta quarta-feira (18) que, inicialmente, mil agentes das Forças Armadas vão atuar na varredura de presídios estaduais do país. Para que os militares entrem em ação, porém, é necessário que cada Estado faça o pedido de ajuda formalmente.

Jungmann disse esperar que ao menos seis governadores façam o pedido já hoje. O início do programa deve ser dar em “oito ou dez dias”, disse o ministro em Brasília. Neste momento, o foco é no planejamento, com levantamento de informações, como recursos materiais necessários: “as ferramentas e os equipamentos necessários para essa tarefa”.

Ao apresentar detalhes sobre a “missão” dada ontem pelo presidente Michel Temer –que, hoje, recebe os governadores de Rondônia, Acre, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará e Tocantins–, o ministro informou que o “orçamento mínimo” para o projeto é de R$ 10 milhões, mas que esse valor pode variar conforme a demanda dos Estados pelo apoio das Forças Armadas.

“A previsão inicial que nós estamos imaginando é em torno de mil homens e cerca de 30 equipes. Como nós atuamos a partir de demanda, evidentemente que esse número pode vir a crescer.” Segundo o ministro, há “condições e disponibilidade para acompanhar essas necessidades caso elas venham a ocorrer.”

O início do ano tem sido marcado por mortes em presídios do país. Massacres foram registrados no Amazonas (64 detentos mortos), em Roraima (33) e no Rio Grande do Norte (26).
A “priorização das solicitações”, segundo o ministro, será definida com o apoio do Ministério da Justiça. “Porque a Polícia Federal tem um sistema de informações relacionado exatamente ao sistema prisional, acompanhando o que se passa [nos presídios]. Então nós vamos fazer o levantamento em termos de inteligência, de informações e fazer essa priorização.”

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