Com a Ponte Presidente Dutra em eterna reforma, o modo mais rápido e barato de fazer a travessia entre Juazeiro e Petrolina é utilizando o serviço das barquinhas. A viagem dura em torno de cinco minutos e a paisagem do Velho Chico termina sendo uma grande recompensa para os usuários do serviço. Porém, nem tudo são flores na vida de quem precisa pegar a barca. No lado juazeirense, por exemplo, é impossível embarcar ou desembarcar sem encher os sapatos de areia. Em Petrolina não tem areia no sapato, mas é quase impossível uma pessoa com cadeira de rodas chegar ou sair do ponto das barcas. O acesso não é por uma rampa e sim por escadas.
Nas duas cidades, as rampas e escadas que dão acesso ao ponto das barquinhas não oferecem a menor segurança. Além de ter um piso escorregadio, não existe corrimão. Se uma pessoa perder o equilíbrio corre o risco de sofrer um sério acidente.
Tanto em Juazeiro quanto em Petrolina o acesso de pessoas com necessidades especiais é muito dificultado. Isso porque no lado baiano até que existem as rampas de acesso, porém, a parte de baixo é completa por degraus. Sem contar que não tem como andar de cadeira de rodas na areia. Mesmo com todo esse perrengue, se conseguir chegar à vizinha cidade pernambucana, o cadeirante só tem tranquilidade até atingir às escadas.
Além do quase impossível acesso das pessoas com necessidades especiais, falta no ponto das barcas uma estrutura para que os clientes possam esperar com mais conforto. Essa é a opinião do bancário Adriano Amorim, ele sugere que sejam feitos quiosques no local. “Enquanto o cliente espera a barquinha ele pode comprar um lanche pra ir aguardando. Um ambiente limpo e higienizado daria para fazer”, disse o bancário que mora em Petrolina e trabalha em Juazeiro.
Segundo informações, a prefeitura de Petrolina estuda uma melhoria no acesso as barcas. Em Juazeiro, a equipe do blog QSP procurou o Secretário Flávio Luiz, para saber dos planos da cidade nesse sentido, mas ele estava viajando com o prefeito Isaac Carvalho.
texto e fotos: Emerson Rocha (estagiário)