Câmaras de Juazeiro e Petrolina realizam audiência pública na Ilha do Fogo

objetivo de reverter a decisão judicial de passar a Ilha do Fogo ao exercito. A Audiência reuniu autoridades das duas cidades, além dos defensores da liberação da ilha para os banhistas. A fala mais esperada foi a do comandante do 72BI, Coronel James Colett , que foi enfático nas suas colocações.

A audiência foi fruto de uma provocação por parte dos amigos da ilha aos presidentes da Casa Plínio Amorim e Aprígio Duarte, Maria Elena e Nilson Barbosa, respectivamente, que decidirão na última segunda-feira unir forças e realizar a sessão solene no palco principal, a própria ilha, onde o povo seria ouvido e se buscaria uma maneira de reverter à decisão da justiça que passa a Ilha para a administração do Exercito, impedindo dessa forma o acesso livre a comunidade. 
O discurso dos presidentes foi em uma só voz, os dois deixaram claro que nada tem contra o 72BI mais estavam ali tentando buscar meios para que a ilha não deixasse de pertencer ao povo das duas cidades. “Sabemos dos problemas que envolvem a ilha, mas sabemos também que pessoas de bem nos procuraram e provocaram essa audiência e estamos aqui para juntos em democracia escutar as partes e tentar chegar a um consenso. Queremos como legisladores que somos seguir a lei, e buscar nela o direito de continuar usufruindo desse bem natural que pertence as duas cidades”, defenderam abrindo em seguida o debate para que os representantes da ilha e do exército, mais as autoridades presentes expusessem seus pensamentos. 
O primeiro a usar a palavra, foi Chico Egidio, que estava representando os Amigos da Ilha, ele fez declarações dos anos que frequenta a ilha são mais de 30 anos. “Venho a ilha três vezes na semana e em uma delas trago meu filho, e posso afirmar que não sou usuário de drogas, nada contra quem usa, mas dizer que só usa a ilha quem é drogado é um pouco demais, quero dizer que somos contra a ocupação da ilha pelo exercito e por isso procuramos os presidentes das Câmaras de Juazeiro e Petrolina. Respeito o exercito, conheço o Coronel, mas não posso aceitar que o exercito feche esse espaço que é nosso por direito”, declarou. 
Já o comandante James Colett, ressaltou que esse é um momento de democracia plena, no entanto fez questão de lembrar que a decisão de assumir a ilha não partiu do exercito e sim da justiça que entendeu que o espaço precisa ser melhor administrado. “Assumi o 72 BIMTz em janeiro último e em maio recebi da justiça informação que assumiríamos a ilha. Memso concordando com tudo que escutei, devo dizer que se formos assumir a ilha por vários motivos vamos sim transformá-la em espaço restrito. Nos sensibilizamos com tudo que foi dito, mais quando chegar o dia do exercito assumir com o passar dos 100 dias dado pela justiça não tem outro jeito, essa será uma base reestrita”, afirmou lembrando que existe a possibilidade de mudar esse quadro, “juridicamente existem meios de se mudar a situação , mas para isso as um projeto deve ser elaborado, dizendo quem vai administrar a Ilha e sanar todas as dificuldades”, decretou.


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *