O governo da Bahia negou, hoje, que o ex-ministro da Casa Civil na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner (PT), terá status de secretário estadual.
Wagner será nomeado, amanhã, como presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia, cargo no qual será responsável pela articulação política e relação com o empresariado.
Como não será secretário, Jaques Wagner não terá foro privilegiado. Com isso, o inquérito que o investiga no âmbito da operação Lava Jato seguirá nas mãos do juiz Sergio Moro.
Ex-governador da Bahia entre 2007 e 2014, Wagner volta ao governo baiano na gestão de seu apadrinhado político, o governador Rui Costa (PT). O novo cargo representa uma mudança em relação aos planos iniciais de Wagner e do governador.
Há dois meses, Rui Costa afirmou em entrevista a uma rádio baiana que Wagner seria nomeado para a Fundação Luís Eduardo Magalhães, que cuida do fomento a políticas públicas e ações de qualificação do funcionalismo.
A nomeação de Wagner para o governo baiano será feita só agora porque o petista cumpria quarentena do governo federal, na qual manteve o salário de ministro por seis meses.
No governo, Jaques Wagner atuará como articulador político para manter unida a base aliada para a disputa das eleições estaduais de 2018.
Rui Costa deverá ser candidato a reeleição e deve enfrentar nas urnas o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), reeleito este ano com 74% dos votos. Wagner é cotado para disputar o Senado.