CANDIDATO DA ‘MUDANÇA’ MOSTRA-SE DESPREPARADO E CONTRADITÓRIO DURANTE ENTREVISTA
AP- A Rádio Comunitária Luz do Sertão FM, em Uauá, Bahia, está promovendo uma série de entrevistas com os candidatos a prefeitos do município, o primeiro a ocupar os microfones foi Lindomar Dantas (PCdoB) nesta quarta-feira (07). As suas colocações deixaram várias pessoas nada satisfeitas. Ele aproveitou para atiçar seu veneno contra os adversários. “Em quanto a caravana passa, os cães ladram, então deixem latir”.
Numa demonstração de falta de pudor, ele não mediu as palavras quando afirmou o que teria conseguido para o município com os apoios dos governos estadual e federal, sendo assessor da deputada estadual Fátima Nunes (PT). “Trouxe muita coisa. Eu trabalhei para pagar minhas contas sem depender de política, consertei o meu carro e coloquei combustível”.
Para a deputada Fátima Nunes, o ex-funcionário demonstrava ser uma pessoa relapsa. “Só Deus sabe o que passei”.
Dando continuidade na entrevista, o candidato zombou da capacidade de inteligência da população do município quando afirmou ser desonesto por prestar serviços de assessoria jurídica a uma determinada associação sem ser advogado. “Ajudei a organizar associações, prestei assessoria à Caixinha na parte jurídica sem ser advogado”. Ele ainda afrontou advogados renomados que trabalham no município. “Quero dizer para os mentirosos de plantão, os trapaceiros que não sou advogado, sou estudante de direito (…) sou formado em filosofia, sou professor”.
Demonstrando ser uma pessoa despreparada, ele entra em contradição. “Não sou empresário como disseram aqui, sou empresário como micro-empreendedor individual onde o capital é de R$ 1 real, mas se quiser ampliar, a gente amplia”.
Em vez do candidato agradecer a quem deu a mão nas horas amargas, ele ironizou a deputada. “Andei muito para Salvador, levei várias demandas. Levei muitas promessas, agora é o santo que faz o milagre”. A sua insatisfação vai mais além: “Ganhava pouco mais de R$ 2 mil. Não tenho vergonha em dizer o valor”. Ele ainda fez exaltação comparando o seu salário com o de prefeito do município. “Eu que fui candidato a prefeito de Uauá, e ganhar este salário para dá conta da minha vida particular e ajudar nas demandas das comunidades”. Ele não se importou com milhares de pessoas que ganham o salário mínimo demonstrando ser uma pessoa superior. “Eu queria saber qual mágica de um político conseguir sobreviver com o salário de 2 mil”.
Por sua vez, em sua rede social o advogado Pedro Peixinho rebateu a indireta. “Isso é uma piada, ter que pagar as contas dele. Este é o tipo do candidato operante do 65 em Uauá, isso porque passou quase quatro anos como ASPONE no gabinete da deputada Fátima Nunes recebendo salário sem trabalhar” (…) “Também, só se levanta 11 horas da manhã, como vai pra frente desse jeito”.
Em outro tom, de contradições, o candidato tenta voltar atrás. “Durante o tempo em que estive na assessoria, honrei meu compromisso com o PT e a deputada.” Mas para os próprios petistas e adversários, o relacionamento de Lindomar dentro do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em Uauá, não era nada amistoso como destacou Peixinho. “Esse ‘rapazinho’ rompeu com todos os agrupamentos sociais que participou na sua vida, brigou com pessoas que lhe deram a mão quando aqui chegou, sem eira nem beira… e agora, candidato vive de ‘mesada’. Enfim, é um ‘carinha’ de difícil relacionamento. Será que só ele presta?”.
Outra pessoa que usou espaço na rede social para rebater as argumentações do candidato foi o advogado e ex-vereador do município, Paulo Cardoso. “Na entrevista, ele pareceu ser um rábula, é o chamado mosca morta, ferroada por Isaac e Fabrício, é um falso profeta que usa batina para se passar por padre (…) Sabe do que ele gosta mesmo, cerveja gelada na beira da praia, tudo fruto do cargo comissionado que exerce ou exerceu”, disparou.
O candidato mostrou fraqueza e falta de capacidade em assumir os destinos do município durante entrevista. “Se estão esperando de mim demonstração de grande obras, eu lamento que não vão encontrar”.