Seagri e Núcleo de jumento pêga definem estratégias para alavancar a atividade

 

Com a intenção de firmar parcerias para a realização de capacitação, treinamento de tratadores e trazer novos reprodutores de jumento pêga, os criadores baianos formaram um núcleo com o objetivo de resgatar a posição de destaque de uma das melhores cargas genéticas do país. O secretário da Agricultura Eduardo Salles recebeu, nesta sexta-feira (18), o presidente do Pêga Bahia e vice-presidente do Sindicato Rural de Feira de Santana, Luiz Alberto Falcão, o diretor-secretário, Emanuel de Andrade, e a diretora-advogada Maíra Andrade, buscando aproveitar o potencial de uma das fazendas mais antigas na criação de jumentos de alta linhagem, a Fazenda Cruzeiro Mocó de propriedade da Seagri/EBDA.

“A expertise da fazenda já foi reconhecida nacionalmente por diversas vezes. Ainda há um trabalho sendo feito de melhoramento genético que precisa ser incrementado. Os workshops e seminários propostos vão incentivar novos criadores, além de alavancar esse segmento. As pessoas que trabalham diretamente com essa raça terão acesso a cursos de casqueamento, doma e primeiros socorros, entre outros”, afirmou Emanuel de Andrade.

De acordo com o presidente do Pêga Bahia, Luiz Alberto Falcão, a Bahia que possui o maior rebanho de jumentos do Brasil gera atualmente cerca de 800 empregos diretos nesta atividade, mas ainda é preciso aproveitar as suas particularidades. “A exemplo do mercado de cosméticos, em que China e França são grandes compradores de leite de jumenta, que possui qualidades nutricionais únicas. Quando nascia um menino fraco, ao invés de leite de vaca, você dava leite de jumenta. Eu conheço muita gente que foi criada tomando este leite e se deu muito bem”, explicou.

“Vamos trabalhar na realização de um curso a partir de um projeto elaborado pelo núcleo e estudaremos a possibilidade de trazer novos reprodutores para trabalharem as fêmeas de alta linhagem que possuímos na Fazenda Mocó. A intenção é dividir o treinamento em duas partes: com aulas teóricas, que devem acontecer provavelmente no Centro de Treinamento da EBDA, e a parte prática, no berço do pêga do Brasil, na fazenda”, disse Salles.

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