Trabalhadores rurais põem a Justiça no banco dos réus no Tribunal Popular do Judiciário

 

O teatro do Centro de Cultura João Gilberto ficou completamente lotado na manhã desta segunda-feira(14). Era o Tribunal Popular do Judiciário, “um grito por um novo judiciário”, um evento promovido pela ONG Articulação de Políticas Públicas(APP) com o apoio da Comissão Pastoral da Terra(CPT) , IRPPA além de representantes de movimentos sociais, cooperativas e sindicatos rurais. 
O objetivo era o de discutir a atuação do poder judiciário na Bahia sobre o qual pesam muitas denuncias de irregularidades. “A proposta do Tribunal popular do judiciário é ser esse espaço aberto, é dar vez e voz a essas pessoas que são vitimadas por esses agentes do poder judiciário, eles que por excelência deveriam promover a justiça e pelo contrario, em muitos momentos , promovem a injustiça”, declarou o advogado da CPT, Sander Prates , que participou do evento.


Nos relatos feitos durante o encontro foram ouvidos vários casos de processos que não foram julgados, de favorecimento da justiça a fazendeiros, empresários e grileiros, entre outros casos. Além do testemunho de trabalhadores da região, o evento contou com a experiência de advogados da ATR, Associação dos Advogados dos Trabalhadores rurais que milita há trinta anos na defesa dos trabalhadores. E Se a justiça estava no banco dos réus, o julgamento correu à revelia, pois nenhum representante do poder judiciário compareceu ao evento.de acordo com organizadores todos os órgãos da justiça foram oficialmente convidados.


Como resultado das discussões, será elaborado um dossiê a ser encaminhado ao Tribunal de Justiça da Bahia(TJBA). À tarde , os participantes do tribunal popular saíram em passeata até a frente do Fórum Conselheiro Luiz Vianna.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *