O Produto Interno Bruto – PIB no Município de Juazeiro teve um crescimento muito superior ao aumento demográfico. 2013 comparado ao período inicial da pesquisa 1999 mostra crescimento de 379,9%, na produção a preços correntes, mensurada em mais de 20,3 bilhões de reais.
Entretanto a participação da agropecuária foi pouco representativa no acumulado do PIB do período analisado, pouco mais de 2,4 bilhões de reais, com média aritmética de 13,6% ano. Esses números representam saldo negativo de 23,7% no crescimento do PIB da agropecuária, em relação ao PIB total do Município de Juazeiro no período avaliado.
A pesquisa mostra que a maior redução da participação do PIB da agropecuária se deu nos anos de 2003 e 2008. Voltou a gerar fortes quedas nos anos subsequentes: 2010 a 2013.
Em 1999 Produto Interno Bruto – PIB no Município de Petrolina era pouco mais de 670 milhões de reais, em 2013 fechou o seu PIB a preços correntes com montante superior a 4,9 bilhões de reais, com crescimento nominal de 631,2%.
No somatório dos 15 anos avaliados, Petrolina acumulou um resultado nominal do produto interno, superior a 32,6 bilhões de reais. Os números apresentados são superiores aos do Município de Juazeiro em 37,6%, ou pouco mais de 12,5 bilhões de reais. Entretanto os resultados expressivos do PIB a preços correntes “PIB nominal”, Petrolina, apresentou resultados percentuais inferiores no PIB da agropecuária, apesar do acumulado dos 15 anos ultrapassarem 4,7 bilhões reais, o crescimento do PIB da agropecuária só atingiu 60,1% do PIB total do Município no período analisado.
A conjuntura econômica é interdependente entre seus setores, o que justifica a atual situação da agropecuária no polo: Juazeiro/Petrolina. Os ciclos econômicos necessitam de uma sequencia de decisões, que podem atender tanto a conexão entre os setores, quanto à lei dos rendimentos decrescentes de mercado, a partir de processos inovadores, que incluem a pesquisa e desenvolvimento P&D e a ciência e tecnologia C&C, condicionante, que efetivamente força os produtores a se inserirem na teoria dos jogos, para conquistar o mercado “independente do seguimento”. Mas de acordo com os resultados apurados no estudo, esta, não deve ser a prática efetiva no polo: Juazeiro/Petrolina. O “setor primário” ainda aparece no polo: Juazeiro/Petrolina com destaque entre os quantitativos da produção de bens, mesmo passado quase meio século do inicio da agricultura irrigada no Vale do São Francisco. Daí surge às primeiras interrogações: existe planejamento para dar sustentação ao setor primário e consequentemente interliga-lo ao setor secundário, para garantir o escoamento da sua produção, agregar valor a esta, através da transformação desse produto natural e perecível, em produto industrializado de media validade? Ou entendese, que apenas a produção no fator terra, para a exportação vai garantir o crescimento do PIB do setor? O modelo produtivo da economia no século XXI parece favorecer os arranjos produtivos locais – APL, adequando o produto e o consumo à criatividade, para reduzir custos, distâncias e dependências das grandes corporações. É fato que existem incentivos ao empreendedorismo no Polo, mas em que qualificação de encontram? Estariam esses “entrantes” preparados para conduzir os modelos de APLs? É realidade a presença do sistema “S”, existem também as secretarias de desenvolvimento econômico nos dois municípios. Enfim as decisões precisam acontecer tanto na agricultura, quanto na pecuária, e as discussões devem se ampliar.
Adelson Almeida – Economista – CORECON: 5864 5ª Reg. BA

