PROMOTORA QUE INICIOU INVESTIGAÇÃO DA TELEXFREE É ENCONTRADA MORTA COM TIRO NA CABEÇA; SUSPEITA É DE SUICÍDIO

A promotora de justiça Nicole Gonzalez Colombo Arnoldi, que atuava na Comarca do Bujari, morreu na noite deste domingo (29), em seu apartamento, em Rio Branco. Ela morava no Edifício Florença, próximo à faculdade Uninorte. As primeiras conclusões da perícia é de que tenha havido suicídio.
O corpo apresentava uma perfuração à bala. A Polícia Técnica não identificou sinais de arrombamento no imóvel, onde Nicole morava sozinha. A promotora teria efetuado um único disparo na cabeça. Moradores do mesmo prédio disseram que a promotora era de fácil convivência”, mas ultimamente “andava depressiva”.
Nicole era de São Paulo e morava no Acre desde 2010, quando assumiu o cargo após ser aprovada em concurso público. Possuía graduação em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003) e pós graduação pela Faculdade de Direito Prof. Damásio de Jesus (2005). Atualmente era mestranda da UNESP. É advogada e atua nas Áreas Criminal e de Família.
PROMOTORA INICIOU INVESTIGAÇÕES QUE CONDENARAM A TELEXFREE 
Partiu da promotora Nicole Gonzalez Colombo, que teria cometido suicídio na noite deste domingo, a primeira medida, no Acre, para que o mundo inteiro conhecesse a Telexfree como pirâmide financeira. A ação movida por ela foi seguida, posteriormente, pelos promotores Alessandra Marques e Marco Aurélio.
Os três promotores atuaram fortemente na Defesa do Consumidor. Ela ajudou a aferir um quantitativo de cidadãos lesados: mais de 40 mil no Acre e mais de 1,5 milhão em todo o país. Três anos atrás, Nicole anunciou o bloqueio dos pagamentos e novas adesões à Telexfree.
“Dinheiro não cai do céu” é uma das frases compartilhadas por Nicole com os colegas. Numa das últimas manifestações públicas sobre o caso, em coletiva à imprensa no dia 22 de setembro, da promotora, informou que os divulgadores da empresa Ympactus, que representa a Telexfree no Brasil, devem comprovar vínculo com a empresa para serem ressarcidos e precisam pagar R$ 3 milhões de indenização por danos morais coletivos, além de devolver o dinheiro investido pelos divulgadores.
A ação movida por ela embasou uma decisão judicial que dissolveu a Ympactus. .”Não sabemos precisar agora o valor que cada pessoa tem a receber. As decisões foram importantes para evitar que outros milhares de pessoas entrassem na pirâmide financeira e identificar prejuízo, além de evitar que os já integrantes não colocassem mais dinheiro no esquema fraudulento”, disse ela.
A atuação de Nicole neste caso mereceu elogios dos colegas de MP e da sociedade. A Assessoria de Imprensa do MP-AC informou que não haverá velório no Acre. O corpo de Nicola seguirá para Araraquara (SP), sua cidade natal. A promotora teria falado com a mãe, instantes antes de atirar na própria cabeça.

 

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