O RECADO DO SEMIÁRIDO HOJE

Marcelo Damasceno

A estiagem e devastação silenciosa ferem frontalmente animais e homens. Cerca de 15 mil pessoas fizeram forte manifestação em equipamentos públicos e estratégicos de Petrolina. Outras 5 mil pessoas fizeram passeata sobre a ponte presidente Dutra na direção de Juazeiro na Bahia. Para a coordenação do movimento desta terça-feira, 17, que pede agilidade em torno “da preservação ambiental e hídrica” os governos têm sido displicentes. Aliás temos ressaltado isso diariamente nesta fanpage.

O jornalismo investigativo denuncia há tempo para a sociedade tudo que é fraude e desvio institucionalizado do recurso público. Portanto, o que a imprensa conveniente interpretava como sendo o MST – movimento dos sem terra – e similares, organização de vagabundos etc, hoje deve rever essa afirmação ignorante e irresponsável.

Essas milhares de pessoas nas ruas Petrolina e Juazeiro da Bahia nesta terça-feira, 17, vem reafirmar a falência múltipla da biodiversidade bem como a escassez das fontes hídricas e da produção de energia em todos os aspectos públicos e privados.
Com essa crise política na praça movida por interesses particulares e setores reacionários da sociedade que agem com inconsequência. Pensando em seu próprio umbigo e cinicamente esquivando-se das atribuições de um passado recente promovendo privatizações onde a Pátria amada foi levada ao extremo do engodo.

Pátria que durante décadas dessa República foi surrupiada por comissários desonestos, mormente justas exceções de bons servidores, em órgãos como, SUDENE, DNOCS, CODEVASF, INCRA e repartições de menor quilate.

Nessa ordem de chegada e saída o semiárido geme sem água e com a inevitável desertificação no eixo que compreende todo o sertão. Movimentos sincronizados em esforço político e social como se vê hoje protestam contra o descaso ambiental. ASA, MST e demais setores progressistas debatem na rua esse desatino. Esse desastre político patrocinado pela insensatez de gente preocupada em apropriar -se indevidamente do processo democrático. Que tem o golpe político além do golpe ambiental praticado desde o Brasil colonial e imperialista.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *