A população que se dirigiu ao prédio da Prefeitura de Juazeiro nesta terça-feira (29) foi recepcionada pelo Núcleo de Humanização e Educação Permanente da Secretaria de Saúde, que promoveu uma ação educativa e de esclarecimento sobre a importância da doação de órgãos.
A atividade contou com a parceria da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e a Organização de Procura de Órgão de Petrolina.
O Superintendente de Regulação, Humanização e Promoção à Saúde do município, Mário Machado, destaca a importância da doação de órgãos e tecidos. “Precisamos tirar os tabus que ainda existem com relação à doação. Com esse ato, nós tiramos da lista de espera pacientes que se encontram aguardando um rim, um coração, pulmão. A doação pode dar continuidade à vida de outras pessoas”, explicou.
O aposentado, João Gilberto, de 64 anos é doador de órgãos e incentiva seus familiares e amigos. “É um ato de amor mesmo depois da morte. Toda minha família é doadora, sempre incentivo um amigo, um vizinho, porque essa atitude muda a vida de outra pessoa que está precisando de um órgão”, disse.
A Bahia foi destaque na doação de órgãos em 2014, com aumento de 12% registrado em relação a 2013. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, existem 2.263 pessoas a espera de órgãos e tecidos, sendo que 1.187 aguardam transplante de córnea, 941 de rim, 102 de fígado e 33 de medula óssea. O Dia Nacional da Doação de Órgãos foi celebrado no último dia 27.
Márcia Daniele, enfermeira residente em Saúde da Família enfatiza a importância da campanha. “Entregamos o laço verde, que é o símbolo internacional que identifica àqueles que apoiam e se identificam com esta causa. Aproveitamos esse momento para informar a importância dessa atitude, assim como esclarecermos dúvidas de como ser um doador de órgãos”, explicou.
Doação
Para ser doador de órgãos não é necessário deixar o desejo por escrito, mas é preciso informar para seus familiares do desejo da doação, pois somente a família pode autorizar a doação após a morte do parente.
O processo de doação começa com a identificação e manutenção dos potenciais doadores. Em seguida, os médicos comunicam à família a suspeita da morte encefálica, realizam os exames comprobatórios do diagnóstico, notificam o potencial doador à Central de Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO).
– Doação em vida: rim, parte do fígado e pulmão (para parentes) e medula óssea (para qualquer pessoa compatível geneticamente).
– Doação pós-falecimento: rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, pele, córneas e ossos.
Daniela Duarte/SESAU