“Pode ser perseguição política”, diz Roberto Carlos sobre operação da PF

Emerson Nunes

O deputado estadual Roberto Carlos (PDT) afirmou que desconhece os motivos que desencadearam a operação Detalhes, da Polícia Federal na tarde de terça-feira, em Salvador e Juazeiro, reduto eleitoral do parlamentar. Em entrevista ao apresentador Adelson Carvalho, da Rádio Sociedade, ele atribuiu a operação ao fato de seu nome ser cotado para a disputa municipal em Juazeiro e afirmou que pode ter sido vítima de perseguição política. “Deve ter acontecido algum tipo de denúncia ou pode ser perseguição política, mas eu me coloquei a disposição da polícia para prestar qualquer tipo de esclarecimento”.

“Quero deixar bem claro que eu e o meu advogado não conhecemos o inquérito. Nós pedimos uma cópia para saber do que se trata antes de qualquer posicionamento”. Questionado sobre a sua ligação com servidores fantasmas ele retrucou e disse que se considera inocente das acusações. “Claro que me considero inocente. São 22 anos de vida pública. Assessores trabalham fora do gabinete na Assembleia”. No momento da entrevista ele garantiu que iria verificar o que teria acontecido de fato com os seus assessores.

Segundo a Polícia Federal, seis dos oito servidores fantasmas lotados no gabinete do deputado Roberto Carlos (PDT) confessaram ter recebido salário da Assembleia Legislativa e depois transferido parte ou a totalidade para a conta de familiares do deputado. Ao ser questionado sobre outros servidores fantasmas na Assembleia ele desconversou. “Não conheço nem um tipo de irregularidade na Assembleia Legislativa”.

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