Beneficiamento de umbu gera renda extra em comunidades

 

Beneficiamento de umbu gera renda extra em comunidades

O beneficiamento do umbu, fruto originário dos chapadões semi-áridos do nordeste brasileiro, que em tupi-guarani significa “árvore que dá de beber”, gera renda extra às mulheres da comunidade Mossorongo, no Território Velho Chico. Com apoio técnico da Gerência Regional da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) de Bom Jesus da Lapa, órgão vinculado a Secretaria da Agricultura, são produzidos geleias, compotas, de doces de calda e de corte.

A presidente da Associação Arco Verde, Ana Santos, relatou que a partir dos cursos de aproveitamento do umbu, ministrados há um ano pela equipe técnica da EBDA, através do Pacto Federativo, 18 mulheres da comunidade formaram uma cooperativa, revezando em grupos de seis, o trabalho de produção dos derivados do fruto. “Fomos capacitadas e incentivadas a produzir os doces e já estamos vendendo na feira de Bom Jesus da Lapa,”. Com o auxílio de uma das cooperadas, Ivani Costa dos Santos, que doou o espaço para a produção, as mulheres conseguiram adquirir um fogão industrial e pensam em aumentar a produção.

A época de frutificação do umbu na região já passou. A safra é compreendida entre novembro e fevereiro, e requer, portanto, clima quente. Por ser uma alternativa de geração de emprego e renda para as famílias de Mossorongo, as agricultoras se prepararam para esta situação conservando as polpas do fruto para continuar produzindo de acordo com a demanda.

Demais ações

O avanço conseguido pelas mulheres de Mossorongo auxiliou a técnicos da EBDA a difundir o curso de aproveitamento do umbu para a Associação de Mulheres Campesinas, na cidade de Serra do Ramalho; no Projeto de Assentamento (PA) São Caetano, na cidade de Sítio do Mato; e nas comunidades rurais, Lagoa da Pedra e quilombola Araçá, localizadas no município de Bom Jesus da Lapa.

Com carga horária de oito horas, e coordenada pela economista doméstica da Empresa, Eleniz Lisboa, a capacitação conta com atividades teóricas e práticas, desenvolvidas com apoio dos técnicos do Pacto Federativo. “Realizamos a ação sempre aproveitando o momento de safra para ensinar as famílias de agricultores que o umbuzeiro cultivado no quintal de casa pode ser uma alternativa de renda para eles,” disse Lisboa.

A agricultora familiar Maria Rosa das Virgens, de Lagoa da Pedra, conta: “é sempre bom poder multiplicar conhecimento com as pessoas da comunidade; assim a gente se aproxima mais e consegue desenvolver a localidade”.

Com informações da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (SEAGRI)

 

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