Enquanto os secretários de saúde da Bahia e de Juazeiro, Jorge Solla e Ubiratan Pedrosa, participavam do III Fórum Macrorregional: Implementação da rede interestadual de atenção à saúde do Vale do Médio São Francisco, no Grande Hotel, em Juazeiro, os servidores municipais da área da saúde, em greve há 23 dias, faziam uma manifestação do lado de fora. De acordo com informações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Juazeiro (SINTRAB/SAÚDE), Cícero Sales, a paralisação não tem data para terminar.
Procurado pelo Blog QSP, o secretário de saúde de Juazeiro, Ubiratan Pedrosa, afirmou que os funcionários que aderiram ao movimento grevista não receberão o salário referente aos dias paralisados. Pedrosa também disse que o número mínimo, determinado pela justiça, de 50% de funcionários trabalhando não está sendo obedecido. “O número não está sendo cumprido. Nós, inclusive, estamos comunicando ao juiz que não está sendo cumprido esse número”, garantiu o secretário.
Por outro lado, o sindicalista Cícero Sales afirma que há um equívoco por parte do secretário em relação ao número de funcionários em atividade. “Eu acho que o secretário está muito equivocado nas suas informações. Nós já enviamos um ofício pra lá, comunicando que nós estávamos disponibilizando 30%, sendo que dos dois mil funcionários que existem na secretaria da saúde, 60% deles são contratados. O que está acontecendo é que a coordenação da secretaria de saúde não estar fazendo o remanejamento desses profissionais. Nós não temos culpa nenhuma nisso”, argumentou Cícero.
Sobre os salários, o presidente do SINTRAB/SAÚDE disse que nenhum trabalhador vai ficar sem os seus vencimentos. “O juiz já garantiu os pagamentos do mês de dezembro e dos dias durante a paralisação”, concluiu o sindicalista.
Emerson Rocha (estagiário)