SETRANVASF ENVIA NOTA AO BLOG SOBRE A CRISA DOS ÔNIBUS URBANOS EM PETROLINA

blogqspvivapetrolina– A falta de um política de transporte clara, que se arrasta há mais de um década em Petrolina, vê-se agravada, neste momento pela situação de crise financeira por que passa esse serviço em Petrolina.

Sem uma política de reajuste tarifário clara, as empresas que insistem em atuar na cidade seguem sem condições para realizar os investimentos necessários à melhoria do serviço e até para o custeio de suas atividades.

A paralisação dos funcionários de uma das empresas – em dificuldades para honrar o pagamento dos salários – é apenas uma prova da situação de precariedade que, há algum tempo, está colocada sobre a mesa. Embora seis empresas de transporte tenham passado pela cidade nos últimos anos, greves e reclamações se sucedem no noticiário.

Não há dúvidas, claro, que a qualidade do serviço ainda está aquém do desejável. Mas de um ano pra cá as empresas investiram na aquisição de 19 ônibus, ampliaram a frota e, agora, investem em numa nova tecnologia de controle de operações e informação ao usuário. Mais uma vez, é preciso reconhecer que isso não basta.

Mas como investir no transporte de Petrolina se não há segurança contratual para isso? A tarifa do transporte na cidade subiu e desceu 4 vezes em menos de um ano, sem que haja clareza de quando subirá ou descerá de novo, ou de como os custos do serviço serão pagos. Diferente do que aconteceu com os preços dos combustíveis, da energia elétrica, da água e da telefonia, que subiram significativamente, a tarifa dos ônibus de Petrolina hoje é a mesma de 2013. É como se não houvesse inflação no setor. Mas há.

Os trabalhadores do setor, por exemplo, já acumulam 18% de aumento em seus salários – e já exigem novo aumento a partir do próximo mês – e o combustível usado pelos ônibus subiu quase 30% desde o fim do ano passado. Pneus, peças e outros custos operacionais também subiram, mas sem que houvesse qualquer reposição da tarifa.

O resultado, óbvio, é um desequilíbrio econômico e financeiro que impede as empresas operadoras de honrar seus compromissos – sejam aqueles assumidos perante seus funcionários, sejam os assumidos com a comunidade.

Lamentamos o transtorno a que estão sendo submetidos usuários, trabalhadores e empresas e esperamos que o debate em torno do transporte e da mobilidade urbana de Petrolina possa se dar de forma construtiva e responsável, com vistas à superação definitiva das questões que impedem a cidade de contar com um serviço de qualidade e acessível.

SETRANVASF

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