Nesta terça-feira (03) o economista Adelson Almeida participou do programa ‘Bastidores da Notícia’, onde falou sobre a situação da economia nas cidades de Juazeiro e Petrolina e destacou que o PIB de Pernambuco cresceu mais nesses últimos anos. “Analisando pelo PIB o estado de Pernambuco cresceu bem mais, o que diferencia as duas cidades é a proporção da população, onde elas estão equilibradas para o crescimento e não para o desenvolvimento e isso se dar por conta da condição de vida de cada cidadão”.
Segundo ele, as duas cidades estão prontas para se tornarem grandes pólos de crescimento. “O que precisa é transformar os produtos existentes no Vale em um forte pólo, precisa surgir uma indústria forte na região, a partir daí o dinheiro vai começar girar nas duas cidades”, disse.
Sobre o índice do PIB do Vale do São Francisco, ele disse que precisa fazer investimentos no mercado local. “O PIB não traduz riqueza, ele é o que é produzido dentro do território, isso não significa que as duas cidades estão ricas, tem que ver quem gera esse PIB e de onde são e para onde vão os recursos finais”.
Com a alta no preço dos combustíveis, outros produtos de uso cotidiano das famílias também sofrem mudança. De acordo com o economista, a principal influência é sobre o frete que distribui os alimentos pelo país. “O frete está envolvido desde a matéria prima até o produto final. Quando o Estado aumenta a gasolina, a economia como um todo sofre com isso. Tudo que se comercializa caminha no trilho dos transportes e aqui não poderia ser diferente”, explicou o economista.
Questionado sobre a situação da conjuntura nacional, ele foi direto. “A conjuntura nacional é muito mais preocupantes no que os anos anteriores, desde 2011 a economia vem sendo ajustada com a contabilidade administrativa, cresceu um PIB positivo, mas não conduz com a economia e a cada ano eles estão dando um ajeitadinho para os resultados se tornarem positivos”.
Com relação aos salários dos professores se é condizente com a economia da região, Adelson disse que o salário não é um termômetro da economia. “Nos governos anteriores ao plano real todos os políticos falavam que os salários teriam que chegar a 100 dólares para ser ter uma boa qualidade de vida e hoje temos um salário que ultrapassa muitas vezes aos 100 dólares e não mudou nada nesse sentindo. Se o salário parar de aumentar, os preços param de subir, prova tal é que o anuncio do aumento do salário no final do ano já trouxe inúmeros aumentos de preços, o que o governo precisa é reduzir as taxas de juros, isso sim vai solucionar os problemas da economia”.